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Atolado em dívidas, mototaxista inventou sequestro, cirurgia e até a morte de um irmão

"Vão me matar, falaram que vão me enterrar..." Era tudo mentira. O mototaxista Mário Santos de Jesus está vivo e nunca foi sequestrado. A polícia investigou e acabou descobrindo a farsa que deixou a população apreensiva e mobilizada pela segurança do homem que através de áudios encaminhados pelo WhatsApp, dizia ter testemunhado um crime, ter sido perseguido por bandidos e em seguida sequestrado e ameaçado de morte.

Mas, as mentiras não pararam por aí. Do dia 21 (data do suposto sequestro), até o dia 27 de fevereiro (segunda-feira de carnaval), novas histórias foram surgindo. Em contato com amigos e familiares, Mário informou que teria passado por uma cirurgia no Hospital Geral do Estado (HGE), para outra pessoa informou que a intervenção cirúrgica teria acontecido em Feira de Santana.
Na sexta-feira de carnaval (24 de fevereiro), Mário esteve no posto policial da rodoviária de Salvador, de onde ligou para a esposa. Para os policiais, afirmou que um irmão teria sido morto e os mesmos criminosos estavam atrás dele. Na ocasião, o mototaxista estava com uma passagem comprada para a cidade de Bonito, em Mato Grosso do Sul.


A aparição seguinte de Mário, foi na segunda-feira de carnaval (27/02), na delegacia da cidade de Itaberaba. Segundo o delegado plantonista que o atendeu, ele estava com sinais de embriaguez e pedia dinheiro para voltar ao município de Camaçari. Argumentando que não tinha dinheiro para voltar, pedia auxilio da Prefeitura local para conseguir a passagem.


As informações são da delegada titular da 18ª delegacia de Camaçari, que concedeu entrevista ao radialista Edilson Alves, para a webtv Visão Diária. De acordo com a delegada, responsável pela investigação do caso, Mário deve a muitas pessoas na cidade - inclusive a agiotas - o que poderia ser o motivo da farsa e fuga. A moto dele, citada em um dos áudios, foi encontrada e encontra-se no pátio da delegacia, de onde só sai com a presença de Mário.


"Nós estamos esperando que ele tenha coragem de aparecer, porque o que ele fez com a população de Camaçari, no mínimo é de uma atitude covarde. Porque deixou as pessoas pavorosas, temerosa e orando pela vida de uma pessoa que estava rindo da polícia e da sociedade. Ele agora vai responder por falsa comunicação de crime", informou a delegada.


A titular da 18ª também contou ao radialista, que essa não é a primeira vez que um caso desses acontece. Durante os dois anos e dez meses que está à frente da unidade policial, a delegada afirma que já chegou a investigar quatro outros casos de falso sequestro, a maioria 'desculpa' para encobrir traições. "Ele foi muito prematuro, ou burro de achar que a polícia ia acreditar naquela situação", desabafou Taís.


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