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Camaçari: Em entrevista, vereador denuncia salários de secretários e contrato com empresa de lixo

Em entrevista ao programa Baiana Livre desta quarta-feira (19), o vereador Jackson Josué (PT) criticou o pagamento dos salários de secretários da Prefeitura que recebem valores superiores ao do presidente da República que é de R$ 27.841,33. Segundo o parlamentar, os altos salários são dos secretários da Administração, Reginaldo Paiva, com a renumeração de R$ 41 mil, e o da Fazenda, Renato dos Santos Almeida, remunerado em R$ 37 mil.

Ele afirmou que é uma afronta ao erário público municipal os secretários receberem valores superiores ao próprio presidente da República. A denúncia ganhou repercussão durante a sessão na Câmara durante a Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Camaçari, nessa terça-feira (18). “São funcionários de carreira do Estado que estão para se aposentar. É inadmissível que o prefeito traga dois servidores de Salvador para receber um salário de marajás, onerando o município em mais de 900 mil por ano com apenas dois secretários”, disse o vereador.

A prefeitura de Camaçari informou, por meio de nota, que os secretários da Fazenda e Administração de Camaçari são auditores do Estado à disposição da prefeitura e que a composição do vencimento do auditor segue as regras remuneratórias do estado.  Ainda segundo a prefeitura, um convênio entre entes federados permite a cessão de servidores em caráter temporário para repartições que não são de sua origem e que a prefeitura de Camaçari tem cedido, atualmente, para o estado e outros municípios  64 servidores e recebe em seu quadro dez de fora. A balança é plenamente favorável a Camaçari.

Limpeza
Ao ser questionado sobre o contrato de serviço de limpeza urbana na cidade, o vereador afirmou que o prefeito Elinaldo Araújo (DEM) assinou contrato emergencial com dispensa de licitação para os serviços de coleta de lixo da cidade.

“O contrato emergencial, com prazo de 90 dias, custará R$ 17 milhões ao município, além disso, temos um aterro sanitário na entrada da cidade, que custa mensalmente R$ 980 mil. A empresa contratada foi a Naturalle Tratamento de Resíduos, que tem como sócia a RVT Incorporação, pertencente aos irmãos Vitor e Rodrigo Loureiro Souto. Ambos são filhos do ex-­governador da Bahia Paulo Souto (DEM), atual secretário da Fazenda de Salvador na gestão de ACM Neto (DEM). Irei denunciar ao ministério público para que averigue essa situação”, relatou o parlamentar.

Sobre o contrato da coleta de lixo, a prefeitura afirma em nota que a contratação da Naturalle Tratamento de Resíduos foi feita de forma legal, com respaldo na lei de licitações. Diz que quatro empresas enviaram cartas à prefeitura manifestando interesse em assumir a operação de lixo da cidade, cujo contrato vigente seria encerrado em 31 de dezembro de 2016. Três das quatro empresas apresentaram propostas-Naturalle, MM Consultoria e Biosanear. Segundo a prefeitura, a Naturalle teria oferecido o menor preço.


*Baiana FM

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