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Pirajá: dois dos quatro mortos estudavam na mesma escola

Ao menos dois, dos quatro mortos durante festa no bairro de Pirajá, na noite deste domingo (16), se conheciam. Conforme familiares de Noé dos Santos Silva, 17 anos, e Willian da Paixão Carvalho, 22, os dois estudavam juntos no Colégio Estadual Santos Dumont, em Pirajá. Aguardando na sala da assistência social do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IMLNR), a irmã de Noé, a operadora de caixa Edneuci Santos, ainda não acreditava na morte do irmão - o mais novo de 12 filhos.

Ao reconhecer o corpo por meio de uma foto, ela desmaiou e precisou ser amparada pelo esposo. Edneuci contou ao CORREIO que a família mora no bairro de Marechal Rondon, próximo a Pirajá, e não tem ideia da motivação do crime ou. Quando saiu de casa, por volta de 19h, ele disse que iria a um aniversário. 

Na tentativa de impedir que Noé saísse, a mãe chegou a esconder a identidade do estudante. "Ele foi mesmo assim, porque esses jovens de hoje em dia você explica as coisas, fala da vida, diz o que é e o que não é bom, mas eles não escutam", disse a irmã, aos prantos.  Noé completaria 18 anos nesta sexta-feira (21). 

A família do adolescente não soube informar o nível de proximidade entre ele e as outras vítimas mortas no atentado, entretanto, em contato com os pais de Willian, outra vítima, concluíram que os dois estudavam na mesmo colégio. A irmã de Noé afirmou, ainda, que ele costumava trabalhar com o pai, que é pedreiro, para ter dinheiro. "Eu não sei o que pensar, só sei que nada é por acaso", completou Edneuci, acrescentando que toda família é evangélica.

No bairro da Liberdade, onde a terceira vítima, Igor Ramacciotti, 20, morava atualmente, os comentários é de que ele havia saído fugido de Marechal, onde morava anteriormente. "Ele era atribulado, usava muita droga e até já chegou a bater na mãe", afirmou um morador, sem se identificar. 


Os pais de Willian, que também estiveram no IMLRN para liberar o corpo do filho, não quiseram conversar com a reportagem. Um familiar da vítima se limitou a dizer que ele morreu a dois metros de casa e, até onde a família sabe, não tinha problemas de relacionamentos. 
 

As famílias não divulgaram os horários dos sepultamentos dos jovens. Os corpos de Igor Rosário Ramacciotti, 20, e Gutemberg Graça dos Santos, 29, permanecem no IMLNR aguardando liberação.

O crimeConforme a Polícia Militar, o crime ocorreu após da Lavagem do Projeto Educar, que seria um evento de cunho religioso destinado às crianças do bairro. "Quando a PM chegou no local, havia duas bandas de pagode e um minitrio, estrutura que não estava autorizada pelos órgãos municipais, e encerrou o evento", completou a PM, em nota. Ainda não há informações sobre a relação entre os crimes. A autoria e motivação das mortes vão ser investigadas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).



*Correio da Bahia

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