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Médico demitido decide atender seus pacientes na calçada no Ceará



Um médico decidiu encarar sua demissão sem aviso prévio por meio de uma forma inusitada. Após deixar o Hospital Maternidade João Ferreira Gomes, em Itapajé, interior de Fortaleza, Rodrigo Ferreira Gomes passou a atender pacientes na calçada.

Clínico-geral, Dr. Rodrigo, como é conhecido, descobriu que havia sido demitido ao chegar no trabalho no dia 25 de outubro. Em respeito aos pacientes que estavam na espera do hospital e em forma de protesto, o médico prestou atendimento às pessoas na calçada utilizando uma mesa e cadeira de plástico.

De acordo com um morador da cidade, em entrevista ao portal Cn7, a demissão aconteceu após uma mudança na direção clínica do hospital. Outro clínico também teria sido demitido, desta vez por conta de divergências políticas com superiores. Diante do caso, a população da cidade se solidarizou com o médico e pede o retorno de Rodrigo às suas atividades.

“Quando ele chegou ao hospital hoje pela manhã, um pouco atrasado, já havia médicos de uma cooperativa substituindo ele e outro médico, que foi retirado da função de direção clínica devido à questões políticas, por não apoiar o candidato do prefeito. O Dr. Rodrigo foi informado pela direção que estava exonerado”, contou o homem que preferiu não se identificar.

“A gestão está querendo justificar a minha retirada porque teve um dia, duas semanas atrás, que não tinha médico para atendimento durante uma manhã inteira, pois eu estava viajando. Eu avisei com um mês de antecedência sobre essa viagem e tenho os documentos que comprovam isso. Era obrigação deles fazer uma substituição. Foi falta de responsabilidade deles e querem responsabilizar a gente”, explicou Rodrigo em entrevista ao jornal O Povo.

Atuando no hospital há seis anos, Rodrigo tinha a quinta-feira como dia fixo para atender os moradores da cidade. “Meus pacientes estavam me esperando e eu avisei para eles que tinham me demitido, mas que aguardassem pois eu ia atender a todos. Voltei em casa e peguei uma mesa e cadeira”.

O médico afirmou que o diretor administrativo do hospital não soube informar os motivos de ter sido substituído por outro profissional. “Eu me sinto indignado pela falta de respeito porque como já havia boatos de bodes expiatórios, eles deviam ter avisado com antecedência”, finalizou.



*Yahoo

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