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Camaçari: Vereador acusa prefeitura de 'investir' R$ 15 mi em empresa investigada



Um vereador de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), acusa a prefeitura de usar dinheiro do instituto de previdência local [R$ 25 milhões] para investimento com alto grau de risco. Um dos destinos do dinheiro seria uma corretora investigada pela Polícia Federal. Ao Bahia Notícias, o edil Jackson Josué (PT) disse nesta quinta-feira (1°) que já acionou o Ministério Público do Estado (MP-BA) para averiguar as transações entre o Instituto de Seguridade do Servidor Municipal de Camaçari [ISSM] e a Gradual Corretora de Câmbio, Título e Valores Mobiliários. A questão veio a público durante sessão da Câmara Municipal nesta quarta-feira (31). 

Segundo Josué, a prefeitura fez um investimento de R$ 15 milhões na Gradual neste ano, depois de ter investidos outros R$ 10 milhões em fundos de risco em novembro do ano passado. "Essa corretora [Gradual] está sendo investigada. Teve gente presa. Há um risco para os aposentados e pensionistas do nosso município. Ao todo, são R$ 25 milhões investidos em fundos de risco", disse ao BN. Conforme Josué, a Gradual é investigada por fraude, lavagem de dinheiro e desvio em fundos de previdência de outras prefeituras.

PREFEITURA REBATE
Em nota, a gestão de Antônio Elinaldo negou as acusações. Disse que não houve “negligência por parte do governo municipal no processo de escolha do fundo para investimento da verba da seguridade”. A prefeitura afirmou que o vereador se equivocou e declarou que o vínculo da corretora não surgiu na gestão de Elinaldo Araújo.

Também afirmou que “o histórico de investimento de verba do ISSM revela que o valor investido em fundo da mesma empresa e similares , nos anos de 2008 e 2009, quando Luiz Caetano era prefeito de Camaçari, somam R$ 25 milhões, que em valores atualizados representam um prejuízo de R$ 50 milhões uma vez que, todos eles, já foram identificados como fraudulentos, alguns já decretaram falência (Atrium SA) e outros estão fechados para resgate há anos em razão de total iliquidez (papeis podres), como é o caso do FIC Piatã Incentivo, fundo administrado à época do investimento pela empresa Gradual, citada pelo vereador oposicionista”.



*Bahia Notícias

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