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Vitória, provocação ao Bahia e pedido à torcida: confira a entrevista com Raimundo Viana

Ex-presidente do Vitória em 2015, Raimundo Viana, foi o entrevistado do programa Radar Esportes, da rádio Transamérica, na noite desta terça-feira (11). Viana, que também presidiu a Federação Bahiana de Futebol na década de 70, falou com exclusividade sobre os principais assuntos que envolvem o Vitória, como seu período à frente do Leão, provocou o Bahia, além da analisar a atual administração do clube, entre outros assuntos. 

Confira!

Ele iniciou a entrevista falando de sua gestão à frente do clube. "Reaparelhamos muitas coisas lá em nosso santuário. Estava muito bem avaliado ali. Fui culpado por não ganhar a eleição. Nunca fiz política no Vitória. A minha política era o Vitória. Na minha gestão, quis reestabelecer o Vitória com a torcida", declarou. Na oportunidade, o ex-presidente também enalteceu os resultados ante o Bahia enquanto presidente Rubro-Negro: "Na minha gestão não perdemos nenhum Ba-Vi", disse.

Viana também falou sobre a última eleição do Vitória. "Qualquer acordo só é bom quando é bom para os dois lados. Você não pode tomar decisões sem observar as diretrizes desse grupo, porque senão vai ficar sozinho. Na primeira eleição havia a possibilidade de fazer composições, mas não fui aconselhado a fazer essas composições", revelou. "O que faltou em mim foi não ter feito política", declarou. 

Em sua avaliação, o ex-presidente avaliou o período que presidiu o Leão na Série A. Ele também lembrou da polêmica do "Caso Victor Ramos" e clubes como Internacional e Bahia foram mencionados. Na oportunidade, aproveitou e provocou o arquirrival referindo-se ao Bahia como 'Sardinha'. "Houve a situação do "Caso Victor Ramos". O Internacional em cima, a 'Sardinha' também falando contra nós do Victor Ramos...", desabafou. 

Viana foi questionado sobre a derrota nas eleições de 2017 no Vitória, que elegeu a chapa Ricardo David-Chico Salles. Ele explicou o que aconteceu. "Se nós apoiássemos quaisquer das duas chapas que ganhassem as eleições. Se fizéssemos composições com Paulo Carneiro, por exemplo, nós ganhávamos as eleições. Na verdade, o que desequilibrou e deu a vitória a esse grupo que está aí foi a minha chapa. Mas a decisão foi do grupo. Eu jamais fugi dos meus princípios. A chapa do Conselho Deliberativo era uma chapa carimbada. Quem ganhasse o Conselho, vencia as eleições para presidente", explicou. 

No momento seguinte, Viana analisou a atual gestão de David. Segundo Viana, o atual presidente foi fazer experiência ao dirigir o clube. "O cara foi fazer experiência. Falou-se do novo, do novo. Hoje o torcedor quer ouvir falar do 'satanás' (sic), mas não quer saber do novo. O torcedor não pode ser enganado", lembrou. "Infelizmente está aí essa situação. A minha proposta e de José Rocha não foi aprovada. Perdemos no nosso conselho. Cada grupo que concorresse a eleição teria um percentual no conselho", seguiu, para concluir: "O estatuto que está aí é um desastre". 

Questionado sobre algumas decisões tomadas pelo atual grupo que preside o Vitória, ele citou as vendas dos atacantes David e Tréllez, negociados com Cruzeiro e São Paulo, respectivamente. "Não faria se fosse presidente o que Ricardo David fez", resumiu. E complementou a resposta. "Jamais me furtei a me valer da experiência de quem passou por lá. Onde eles erraram, eu não ia repetir. Onde acertaram, eu iria aprimorar e procurar melhorar. Ricardo David não teve humildade. O sucesso da gestão dele era o sucesso do Vitória e da torcida do Vitória", declarou. Viana também classificou o episódio do Ba-Vi de fevereiro, quando o Vitória deixou o campo de jogo, como 'imbecil' e 'doentio'. "E o que é que aconteceu com o Vitória?", indagou. 

Viana avaliou a sua gestão e citou o fato de ter deixado R$ 27 milhões em caixa. O ex-presidente garantiu que, caso fosse eleito presidente, teria montado um bom time e voltou a provocar o Bahia. "Faria um super time. A manutenção de jogadores com dois anos de contrato. Mudar o time a cada ano é criminoso para a institução. Vai lá na 'Sardinha' que está funcionando até agora. Você precisa ter jogador que passe a gostar do time, que seja símbolo do time", avaliou. 

Sobre as duas administração após 'Era Viana', o ex-presidente foi taxativo: "Tudo equivocado", disparou. Por fim, Viana fez uma análise básica sobre o ano de 2019 do Leão. "Não vou falar de finanças [receita], que deve diminuir. Acho muito difícil o Vitória cair e se isso acontecer vai ser um desastre. O Vitória vai suar muito para voltar à Primeira Divisão. Tem que fazer um time de primeira para sair da segunda. Não adianta fazer um time de segundo para disputar a segunda. A torcida do Vitória tem que ter fé", finalizou. 



*Radar da Bahia

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