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"Sou mulher de preso, sim", escreveu vítima antes de ser morta em cela durante visita íntima

“Sou mulher de preso, sim”. A frase foi escrita por Nicolly Guimarães Sapucci, de 22 anos, em redes sociais enquanto explicava a rotina de visitas feitas ao companheiro, preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Jundiaí. As postagens estão sendo analisadas pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) após Nicolly ser morta pelo parceiro, Michael Denis Freitas, de 25 anos, enquanto realizava visita íntima.

O crime ocorreu no último domingo (27). Segundo a delegada Renata Yumi Ono, Nicolly sofreu ferimentos graves e foi jogada de um beliche, onde estava com o marido.

A administração do presídio percebeu o que tinha acontecido no fim do período de visita, conforme reportado pelo portal G1. Agentes encontraram a mulher desmaiada e ferida em uma das celas. Segundo a versão do detento, eles brigaram porque ela tinha ciúmes de um relacionamento anterior dele. No entanto, com base nas informações que foram colhidas até o momento, a delegada acredita que o rapaz tinha ciúmes da vítima.

O casal estava junto desde 2017 e mantinha um perfil compartilhado em uma rede social. Lá, Nicolly relatava a rotina dos dois mesmo após Michael ter sido preso no ano passado, acusado de participação em um roubo.

“Tenho vergonha de dizer que sou casada com um detento? Não. Até porque, quando ele estava aqui fora no “bem bom” eu estava ao lado dele. Por que vou abandoná-lo agora? Convivo com a saudade todos os dias? Sim”, diz uma das postagens.

Em textos, ela descreve como acordava de madrugada para “fazer comida” para o homem e mencionava ir aos Correios todas as terças-feiras para enviar cartas a ele. “Sou guerreira sim e vou fechar com o meu marido até o fim”, diz em texto.

A polícia está ouvindo agentes penitenciárias, o diretor da unidade e colhendo informações de redes sociais. A investigação aguarda laudos do IML (Instituto Médico Legal) e do IC (Instituto de Criminalística). Além da pena que já cumpre por roubo, Michael vai responder for feminicídio.

Um Procedimento Apuratório Disciplinar foi aberto para averiguação e o preso foi isolado preventivamente em cela disciplinar. Ao juiz local, foi solicitada a internação do rapaz em regime disciplinar diferenciado.


*Yahoo

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