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Vereador Arnoldo Simões apresenta indicação que institui Dia Municipal da Beldade Negra em Simões Filho

A data de 1º de Maio poderá marcar, em Simões Filho, o Dia Municipal da Beldade Negra. A indicação nº 050/2019, de autoria do vereador Arnoldo Simões (PRB), que institui a data foi aprovada por unanimidade na terça-feira (16), no plenário da Câmara Municipal, aguarda agora a sanção do prefeito Diógenes Tolentino Oliveira (Dinha).

De acordo com o autor da indicação, a proposta que institui o Dia Municipal da Beldade Negra tem como objetivo levantar a autoestima da mulher negra e desmistificar estereótipos impregnados pela sociedade racista e preconceituosa, que estabelecem padrões caucasianos como referência de beleza em todo o mundo. O mesmo está voltado para o público feminino das periferias simõesfilhense e da Região Metropolitana.

Segundo ele, a ideia é ter um dia para estimular a reflexão sobre a luta pela igualdade racial dos menos favorecidos por falta de oportunidades, racismo, discriminação e outros fatores sociais. "Caberá aos movimentos sociais, à Câmara Municipal, à prefeitura, as entidades e instituições darem um sentido para essa data no calendário oficial da cidade. A partir dela, nós teremos, por exemplo, legitimidade para propor debates", destacou Arnoldo.

O Dia Municipal da Beldade Negra, que contempla a realização do Concurso ‘Beldade Negra’, será um dia marcado para ações afirmativas que tem como objetivo destacar e valorizar a cultura afrodescendente através da beleza das mulheres negras da comunidade Simõesfilhense e da Região Metropolitana, bem como exaltar a beleza da mulher preta, sem objetivá-las sexualmente, mas como expressão de força, de representatividade e empoderamento. As candidatas precisam ter entre 18 e 35 anos. As três primeiras colocadas recebem premiação definidas como: Primeiro Lugar: “Queen Abayomi”; Segundo Lugar: “Beldade Negra” e Terceiro lugar: “Beldade Negra”.

Beldade Negra
A indicação tem por base reforçar a iniciativa idealizada pela Instituição Entidade Abayomi, na pessoa de Gabriela Mel Girassol. Fundada em 02 de Março de 2012, a Associação Sociocultural e de Capoeira Bloco Carnavalesco Afro Mangangá é uma entidade legalizada que promove atividades como dança Afro e Capoeira. São oito anos fazendo história, com a finalidade de apoiar os menos favorecidos por falta de oportunidades, racismo, discriminação e outros fatores. Atualmente, encontra-se com aproximadamente 9.077 seguidores no Instagram.

O concurso que elege a “Queen Abayomi” é em homenagem "À Rainha Nanny Queen", uma personalidade que uniu os Maroons em toda a Jamaica e exerceu papel de grande relevo na preservação da cultura e dos conhecimentos africanos.

Na sua 1ª edição, o concurso Beldade Negra obteve 233 inscritas. Essa procura comprova a busca pela liberdade estética, o direito a autoaceitação e a necessidade de mulheres reais sem a imposição da estereotipização da sociedade. As próximas edições do Concurso Beldade Negra acontecerão toda 1ª sexta-feira de maio, a partir de 2020.

Além do concurso, a AIEA – Instituição e Entidade Abayomi, ministra aulas práticas e teóricas de: Dança Afro, Afro-Brasileira, Dança Ragga Hal, Capoeira, Hip Hop e Coral Black; Curso de Formação de Agentes, Coreógrafos, Bailarinos, Capoeirista, Arte, Educadores, Ativistas Raciais e Multiplicadores Raciais.

Segundo a Lei nº 13.182, de 6 de junho de 2014, Capítulo II, Artigo 22, do Estatuto da Igualdade Racial e de Combate à Intolerância Religiosa do Estado da Bahia, “o Estado desenvolverá ações para viabilizar e ampliar o acesso da população negra à educação, cultura, esporte e lazer, almejando a efetivação da igualdade de oportunidades de acesso ao bem-estar, desenvolvimento, participação e contribuição para a identidade e o patrimônio cultural brasileiro”.

Além desse artigo, faz-se referência também ao artigo 1º da Lei 12.288/10 ao mencionar que “esta Lei institui o Estatuto da Igualdade Racial, destinado a garantir à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos,o combate à discriminação e às demais formas de intolerância étnica”.



*Ascom/CMSF

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