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Pelo 3º ano consecutivo, guerra de espadas está proibida em Senhor do Bonfim

O São João está chegando e com ele a polêmica da guerra de espadas. Todos os anos há uma queda de braço entre os espadeiros e o Ministério Público do Estado (MP-BA), que intensificou a campanha contra a atividade em 12 municípios baianos. Em Senhor do Bonfim, no Centro-Norte do estado, existe uma determinação judicial desde 2017 que proíbe as batalhas, consideradas ilegais também pelo Estatuto do Desarmamento.

Nesta terça-feira (11), integrantes da Associação Cultural de Espadeiros de Senhor do Bonfim (Acesb) vêm a Salvador para uma reunião com deputados estaduais e representantes do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural do Estado da Bahia (Ipac), na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).

Segundo George Nascimento, um dos líderes da Associação, o objetivo é discutir a possibilidade de tornar a guerra de espadas patrimônio cultural do estado. As batalhas estão proibidas por decisão do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) e por recomendação do MP desde 2017. Ele defende que a atividade é uma forma de aproximar as pessoas e que faz parte da cultural local.

No começo de junho, o MP lançou uma campanha de combate à guerra de espadas, intitulada ‘A vida vem antes da tradição’. Segundo o órgão, o objetivo é alertar e conscientizar a população para os perigos das batalhas que acontecem durante as festas juninas, no interior da Bahia.

A ação é realizada através de peças gráficas, cartazes, banners de lona, outdoor, anúncios em jornais e redes sociais. O MP lembra aos cidadãos que fabricar, possuir ou soltar espadas é crime, segundo o Estatuto do Desarmamento, cuja pena é de até seis anos de prisão, e que a brincadeira afronta o direito à saúde e segurança pública.

A campanha será trabalhada com mais ênfase nas cidades de Cruz das Almas, Senhor do Bonfim, Santo Antônio de Jesus, Sapeaçu, Muritiba, Cachoeira, Nazaré das Farinhas, Muniz Ferreira, São Felipe, São Félix, Castro Alves e Campo Formoso.

“Esse é um momento de confraternização e de encontrar os amigos, além de ser uma tradição centenária e popular. Há dois anos, a Câmara de Vereadores tornou a atividade patrimônio cultural e imaterial da cidade. Agora, vamos tentar iniciar esse processo também em âmbito estadual, junto com alguns deputados”, afirmou.



*Correio da Bahia

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