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Pressionada, capital ofertará mesmo número de leitos do início da pandemia, diz prefeito


O prefeito ACM Neto (DEM) afirmou na manhã desta terça-feira (22) que Salvador terá, a partir de janeiro, o mesmo número de leitos clínicos e de UTI abertos no auge da pandemia de Covid-19. A informação foi dada durante o anúncio de 70 novas vagas a serem ofertadas ainda neste mês. Atualmente, 85% das unidades de terapia intensiva da da cidade estão ocupadas.

Apesar da pressão na rede pública, o prefeito diz que, por enquanto, descarta endurecer medidas de restrição para conter o avanço do novo coronavírus. Das 8.835 mil mortes registradas no estado, 2.880 foram na capital.

“Nós vamos abrir o Hospital Santa Clara ainda nesta semana, provavelmente amanhã [quarta-feira]. Nele nós vamos disponibilizar dez novos leitos de UTI e 50 novos leitos clínicos. Nós devemos abrir, ainda neste mês, mais dez novos leitos de UTI no Hospital Sagrada Família. Vamos chegar, portanto, ao fim do ano com um número quase igual ao que nós tivemos no auge da pandemia de ofertas de leitos, tanto de UTIs quanto clínicos. Isso por parte da prefeitura do Salvador. Eu estou me referindo ao esforço municipal, da prefeitura”, declarou ACM Neto.

“Nós vamos chegar até o fim do ano com menos 22 leitos do número máximo que nós tivemos no auge da pandemia. E esses 22, em janeiro, vão estar já funcionando, o que significa dizer que, no horizonte aí de 30 dias, nós teremos o mesmo número do momento mais crítico da pandemia”, acrescentou.

Segundo o prefeito, o governo do Estado, por sua vez, vem fazendo sua parte. “Os números do Estado, claro, quem pode responder é o governador e o secretário de Saúde do Estado. Eu não posso responder pelo Estado. Mas a gente tem compartilhado dessas preocupações, e o trabalho de regulação continua sendo um só.”

Migração do interior preocupa

Na entrevista, ACM Neto também afirmou que, embora ainda não haja situação de colapso, o sistema de saúde soteropolitano já sente os impactos provocados tanto pela chegada de pacientes do interior quanto da crescente demanda na rede particular.

“Nós estamos preocupados com a migração de pacientes do interior pra capital, que continua sendo muito grande. Assim também como estamos preocupados com a situação de hospitais particulares, que estão com leitos ocupados por pacientes com outras comorbidades. Então eles já não têm mais a mesma agilidade que tiveram no começo do ano para ofertar leitos específicos, exclusivos voltados para a Covid. Isto é um problema, porque, se houver um colapso nos hospitais particulares, isso impacta na rede pública do mesmo jeito. Na verdade, Isso já está acontecendo com pacientes de alguns convênios específicos”, afirmou.

Para o gestor, o cenário é de “alerta é geral. “É claro que a gente ainda não está sendo uma situação de colapso, graças a Deus. Por isso é que não foram adotadas, por ora, medidas mais duras. Porém vocês sabem que eu não descarto adotá-las caso seja o caminho único e necessário para manter sob controle a pandemia em Salvador. Até o dia 31 de dezembro, estou pronto para tomar qualquer medida, como sei que o prefeito eleito, Bruno Reis, está pronto para, a partir do 1º de janeiro, se precisar endurecer, fazê-lo também”, defendeu o prefeito.



*Bahia.Ba

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