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"Lamento que as pessoas estejam se organizando para aglomerar", diz prefeito sobre manifestação contra Bolsonaro


O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), comentou a manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) marcada para este sábado (29), às 10h, no Campo Grande. Em entrevista coletiva, na manhã desta sexta-feira (28), ele disse não ter sido informado sobre a manifestação e, depois, lamentou que as pessoas estejam "se organizando para se aglomerar".

"Existem decretos estaduais e municipais em vigor, como o que proíbe o uso de equipamentos sonoros. Vamos fazer o cumprimento desses decretos. Lamentamos que tenha esse tipo de manifestação nesse momento, isso só contribui para piorar a situação da pandemia", afirmou o prefeito.

A manifestação é organizada pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, reunindo centrais sindicais, partidos políticos, torcidas organizadas e movimentos estudantis. Segundo os organizadores, será um movimento rápido e sem aglomerar muitas pessoas.

Apesar dos dados alarmantes neste momento da pandemia, com taxa de ocupação em UTI particular de até 85% e 27 pessoas aguardando fila de regulação, o prefeito manteve o discurso e avaliou que a cidade voltará à normalidade no próximo semestre. Bruno Reis disse que se apoia em números referentes à aceleração da vacinação no município, que poderia proporcionar o retorno das atividades comerciais, a exemplo do que vem acontecendo nos Estados Unidos.

O prefeito ainda afirmou que todos os rodoviários da cidade já foram vacinados. "A liminar que suspendeu a vacinação dos rodoviários não teve impacto nenhum, pois nós já tínhamos vacinado todos. Recorremos porque tínhamos que recorrer. Sempre defendi a prioridade dos trabalhadores do transporte", pontuou. Os rodoviários, no entanto, contestam os dados. Segundo eles, pelo menos 30% da categoria não recebeu ainda sequer a primeira dose.

Bruno Reis ainda classificou como "um sucesso" o retorno às aulas semipresenciais na rede privada de ensino e disse lamentar que, na rede pública, a volta não tenha sido intensificada. Segundo o gestor, a Aplb, sindicato dos professores da rede pública, "está cometendo um erro histórico". "Durmo em paz todos os dias. Continuo fazendo apelo pros professores. Não cortei ponto nem salário de ninguém. Continuo em diálogo permanente com a APLB. Acho que eles podem estar cometendo um erro histórico. O futuro dirá", afirmou.




*Metro1

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