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Sobe para 9 nº de mortos em ataque do EI contra hotel

Nove pessoas, incluindo cinco estrangeiros, foram mortos nesta terça-feira (27) em um ataque de várias horas lançado contra um hotel da capital líbia Trípoli por homens armados, que por fim detonaram seus explosivos dentro do estabelecimento.

O ataque, que durou várias horas, foi reivindicado durante sua execução pelo braço líbio do Estado Islâmico (EI).

Um porta-voz dos serviços de Segurança, Isam Al Naas, declarou à AFP que "os cinco estrangeiros mortos no ataque eram um americano, um francês, duas mulheres de nacionalidade filipina e um sul-coreano", mas afirmou não poder informar suas identidades.

Além dos cinco estrangeiros, uma pessoa feita refém pelos terroristas e cuja nacionalidade não é conhecida morreu quando os homens armados acionaram seus explosivos, informou uma porta-voz dos serviços de segurança.

Três membros da segurança também morreram no ataque.

"Perseguidos e cercados pelas forças de segurança no 21º andar do hotel, terroristas acionaram o cinto de explosivos que carregavam", declarou Issm al Nas.

Outra fonte de segurança confirmou localmente esta informação.

As forças de ordem líbias cercavam há várias horas o hotel Corinthia, muito frequentado por estrangeiros, após vários homens armados explodirem um carro-bomba e matarem três guardas, antes de invadirem o estabelecimento.

Ambulâncias ficaram estacionadas nas proximidades do hotel. Ainda não se sabe quantos hóspedes estavam no hotel, frequentado por diplomatas e membros do governo.

Em um breve comunicado no Twitter, o ramo do Estado Islâmico em Trípoli reivindicou o ataque ao hotel, segundo o SITE Intelligence, a agência americana que monitora sites jihadistas.

A capital líbia é controlada pela Fajr Libya, uma poderosa coalizão de milícias principalmente islâmicas, que instalaram um governo paralelo em Trípoli após expulsar o governo reconhecido pela comunidade internacional.

"Trata-se de uma situação que segue em andamento, o que sabemos por enquanto é o que está sendo veiculado pela imprensa", assegurou por telefone à AFP Matthew Dixon, porta-voz da rede hoteleira com sede em Malta.

"Nossos pensamentos estão com os funcionários e hóspedes", acrescentou, sem dar outras informações.

O chefe do governo autoproclamado, Omar al-Hassi, estava no interior do hotel no momento do ataques, mas conseguiu sair sem ferimentos, segundo Naass.

Os jornalistas foram proibidos de entrar no hotel após o ataques, enquanto especialistas foram enviados para verificar a existência de possíveis explosivos.

'Ato de terrorismo' 

O ramo líbio do grupo EI, ativo principalmente no Iraque e na Síria, já reivindicou uma série de ataques na Líbia.

A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, manifestou preocupação com o ataque, condenando e expressando solidariedade às vítimas e suas famílias".

"Não podemos permitir que estes ataques prejudiquem o processo político", declarou em um comunicado, referindo-se ao novo ciclo de negociações mediadas pela ONU entre facções rivais da Líbia que iniciou-se na segunda-feira com vista à implementação de um roteiro para criar uma governo de unidade.

O luxuoso hotel Corinthia, centro de reunião de funcionários do governo, diplomatas e empresários estrangeiros, era considerado um lugar seguro e um oásis em meio ao caos estabelecido na cidade desde a queda do coronel Muammar Khaddafi.

Neste local, reuniram-se o primeiro-ministro britânico David Cameron e, mais tarde, o então presidente francês, Nicolas Sarkozy, com autoridades locais após a mudança de regime.

Mas a segurança diminuiu desde outubro de 2013, quando o primeiro-ministro Ali Zeida foi sequestrado por homens armados, que o libertaram horas depois.

As milícias que derrubaram o ditador Khaddafi disputam atualmente o território e as riquezas petrolíferas da Líbia e controlam as duas maiores cidades, Trípoli e Benghazi (leste).

A situação agravou-se nos últimos meses, com o aparecimento de dois governos e dois parlamentos paralelos.








Rac.com.br

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