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Trabalho e trabalhadores, no caminho dos exploradores

Neste primeiro de maio no momento em que vivemos é difícil fazer uma reflexão sem a preocupação com nosso país vive e nos trabalhadores apreensivamente devemos estar atentos, vive o Brasil uma crise ECONÔMICA OU POLÍTICA e esta os trabalhadores no meio deste entrave ou estamos sem rumos sem direção ou até mesmo sem criatividade para superar as incertezas que nos direcionam por meio de noticiários das mídias disponíveis.

Não pude deixar de pensar o que vem a ser o século XIX para nos trabalhadores nos dias atuais pois a segunda metade do século foi de tamanhas mobilizações começando com as mulheres após uma atitude criminosa de um capitalista que pela ganancia de lucro fácil, assassina mais de uma centena de operarias que vem nos inspirar a publicamente a reverenciar as mulheres a mundo a fora com 8 de março.

Mas o que me traz a este texto poder homenagear o trabalho e os trabalhadores sendo no século XIX já próximo do fim da segunda metade do século os trabalhadores tomam as ruas de Chicago e definitivamente se impõe para ter sua dignidade respeitada e suas vidas valorizadas, reivindicam as condições, ambiente de trabalhos, salários e jornadas de trabalhos  coisas que até nos dias de hoje continuamos a nos confrontar contra o capital as vezes por uns míseros 1.5% (hum e meio por cento) de ganhos reais sobre inflação devoradora da sociedade, e até os dias de atuais somos intimidados pressionados para não expressar dos nossos direitos mínimos adquiridos.

Na sequência apresento um amplo roteiro para que possamos repensar  o PRIMEIRO DE MAIO, hoje não é uma data para festa e sim para nos fortalecer e enfrentar nossos opressores de frente sem medo e com muita disposição, lembramos que se na segunda metade do século XIX, tivemos nossas tragédias de Nova Iorque, Chicago e no início da primeira metade do século XXI estamos tendo nossa Tragédia de CURITIBA contra os PROFESSORES; trabalhadores desrespeitados, desvalorizados e muitas vezes amordaçados e até mesmo marginalizado em nossa sociedade vendada de cultura e educação.

O trabalho que faz parte de uma das necessidades humanas tem sua origem com o aparecimento do ser humano, a partir daí com o desenvolvimento de pequenas ferramentas de pedra o homem começa a buscar meios para sua alimentação.

Podemos dividir a história do trabalho através do modo de produção que o homem desenvolveu ao longo da história que são os regimes de trabalho primitivo, escravo, feudal, capitalista.
As variantes políticas, culturais e econômicas da história e que transformou o modo de como surgiu o trabalho e foi transformado ao longo da história, o desenvolvimento da intelectualidade humana na construção do materialismo ajudou a formar o homem que temos hoje.

É a partir da Revolução francesa, em 1789, que as mulheres passam a atuar na sociedade de forma mais significativa, reivindicando a melhoria das condições de vida e trabalho, a participação política, o fim da prostituição, o acesso à instrução e a igualdade de direitos entre os sexos.

Revolução Industrial
Na Segunda metade do século XVIII, as grandes transformações ocorridas no processo produtivo e que resultaram na Revolução Industrial, trouxeram uma série de reivindicações. A absorção do trabalho feminino pelas indústrias, como forma de baratear os salários, inseriu definitivamente a mulher no mundo da produção. Ela passou a ser obrigada a conviver com jornadas de trabalho que chegavam até 17 horas diárias, em condições insalubres, submetidas a espancamentos e ameaças sexuais constantes, além de receber salários que chegavam a ser 60% menores que os dos homens.

Em exemplo típico do ambiente fabril na época em Manchester, na Inglaterra, onde se trabalhava 14 horas diárias a uma temperatura de 29º, num local úmido, com portas e janelas fechadas e, na parede, um cartaz afixado proibia, entre outras coisas, ir ao banheiro, beber água, abrir janelas ou acender as luzes.

Luta Operária
Não tardaram a surgir, na Europa e nos Estados Unidos, manifestações operárias contrárias ao terrível cotidiano vivenciado e os enfrentamentos com o patronato e a polícia se tornaram cada vez mais frequentes. A redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias passou a ser a grande bandeira dos trabalhadores industriais.

Em 1819, depois de um enfrentamento em que a polícia atirou com canhões contra os trabalhadores, a Inglaterra aprovou a lei que reduzia para 12 horas o trabalho das mulheres e dos menores entre 9 e 16 anos. Foi também a Inglaterra o primeiro país a reconhecer, legalmente, o direito de organização dos trabalhadores. O parlamento inglês aprovou, em 1824, o direito de livre associação e os sindicatos se organizaram em todo o país.

Foi no bojo das manifestações pela redução da jornada de trabalho que 129 tecelãs da Fábrica de Tecidos Cotton, em Nova Iorque, cruzaram os braços e paralisaram os trabalhos pelo direito a uma jornada de 10 horas, na primeira greve norte-americana conduzida unicamente por mulheres. Violentamente reprimidas pela polícia, as operárias, acuadas, refugiaram-se nas dependências da fábrica. No dia 8 de março de 1857, os patrões e a polícia trancaram as portas da fábrica e atearam fogo. Asfixiadas, dentro de um local em chamas, as tecelãs morreram carbonizadas.

Durante a II Conferência Internacional de Mulheres, realizada em 1910 na Dinamarca, a famosa ativista pelos direitos femininos, Clara Zetkin, propôs que o 8 de março fosse declarado como o Dia Internacional da Mulher, homenageando as tecelãs de Nova Iorque. Em 1911, mais de um milhão de mulheres se manifestaram na Europa. A partir daí, essa data começou a ser comemorada no mundo inteiro.

 Em 1886, trabalhadores americanos fizeram uma grande paralisação naquele dia para reivindicar melhores condições de trabalho. O movimento se espalhou pelo mundo e, no ano seguinte, trabalhadores de países europeus também decidiram parar por protesto. Em 1889, operários que estavam reunidos em Paris (França) decidiram que a data se tornaria uma homenagem aos trabalhadores que haviam feito greve três anos antes. Em 1891, franceses consagraram a data de luta por jornadas até oito horas diárias.

O século 20 acordou para o fato de que trabalhar mais do que essas oito horas seria considerado inconcebível. Os regimes escravocratas foram repudiados. Trabalho não deveria ser mais sinônimo de exploração.
Os trabalhadores compreenderam, em diversas manifestações, que o direito coletivo pode sensibilizar os legisladores, patrões e governos. A sindicalização e o direito à greve são marcos desses últimos 200 anos, lembrados em diversas ocasiões, e que deram às populações noções mais exatas de que o poder emana do povo.

O primeiro dia do mês de maio é considerado feriado em alguns dos países do mundo. Além do Brasil, Portugal, Rússia, Espanha, França, Japão e cerca de oitenta países consideram o Dia Internacional do Trabalhador um dia de folga.No Brasil, o feriado começou por conta da influência de imigrantes europeus, que a partir de 1917 resolveram parar o trabalho para reivindicar direitos.

Em 1924, o então presidente Artur Bernardes decretou feriado oficial. Além de ser um dia de descanso, o 1º de maio é uma data com ações voltadas para os trabalhadores. Não por acaso, a Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) no Brasil foi anunciada no dia 1º de maio de 1943. Por muito tempo, o reajuste anual do salário mínimo também acontecia no Dia do Trabalhador.

Hoje sem dúvida o primeiro de maio do povo brasileiro não e de festa sorteio de brindes, shows para atingir o sub consciente operário para que no dia seguinte não tenha suas energias reivindicatória aflorando em seu suor e suas inquietações de não querer mais ser abordadas por balas e barachadas nas costas precisamos sim reconhecer nossas forças reivindicatórias e ampliar nossas conquistas e direitos negados permanentemente.


* José Ribeiro da Costa, Dirigente Sindical dos Comerciários/ Licenciado em História. Faz Análise política de Simões Filho Bahia. Publicações as terças e sexta feira. No site, http://www.panoramadenoticias.com.br/

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