Segundo advogada, família nega que garota era apaixonada pelo professor
Os pais da garota de 13 anos envolvida no caso do professor de geografia Raul Rodrigues Guimarães Neto, de 29 anos, que é suspeito de estupro de vulnerável, negaram que a estudante teria gritado no pátio da escola que era apaixonada pelo professor. Segundo os pais, o fato trata-se de uma “ficção nascida no ambiente escolar do Colégio Anchieta”.
A advogada da Família, Maria Adail Santos, divulgou o posicionamento da família para a imprensa e disse ainda que a menina tem sido hostilizadas por outros estudantes, que se referem ao crime como um “caso de amor”, culpando a vítima.
Na nota, a advogada pontuou: “Em face dos comentários de magnitude malévola, de afronta moral e psicológica qual vem recaindo sobre a vítima, disseminados por alguns alunos do Colégio Anchieta, através de mídias públicas e whatsapp, quais insistem em tratar os crime em apuração como ‘caso de amor’, recaindo sobre a vítima a maldição e culpa, quando por ausência de informações oficiais desconhecem o caráter, as astúcias delituosas, a hediondez, os propósitos e modus operandi que recai sobre o investigado”.
O professor dava aulas no Colégio Anchieta na Pituba até o mês de Junho, e era professor da garota que era aluna do 8º ano. No final de junho, um inquérito policial da Delegacia Especializada em Crime Contra Criança Adolescente (Derca) concluiu pelo indiciamento do professor, por estupro de vulnerável.
O Ministério Público recebeu o documento do indiciamento do professor, mas ainda não definiu se vai denunciar o professor por um ou mais crimes relacionados à Dignidade Sexual, (considerados hediondos).
Ainda em junho, foi cumprido por investigadores um mandado de busca e apreensão em um apartamento alugado pelo professor para os encontros com a adolescente, no bairro da Pituba. Computadores e outros materiais também foram apreendidos para a perícia. No dia 27 de julho, o professor suspeito viajou para a Espanha.
A juíza que cuida do caso informou à Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) que o professor tem um mandado de prisão preventiva em aberto desde 19 de agosto, com validade até agosto de 2036. O processo corre em segredo de Justiça, na 2ª Vara Especializada Criminal da Infância e Juventude, em segredo de Justiça.
Segundo o Código Penal, relações sexuais com menores de 14 anos são taxadas como estupro de vulnerável, ainda que haja o consentimento da vítima para o ato. A pena é de 8 a 15 anos de reclusão.
De acordo com alunos e familiares, os encontros entre aluna e professor aconteciam há pelo menos oito meses, quando a família denunciou o caso à polícia. O professor é casado há dois anos com uma jornalista romena.
Varela Notícias
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