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Moro desiste de ir à Câmara após vazamento de novas conversas

O ministro da Justiça, Sergio Moro, cancelou a ida à Câmara dos Deputados para prestar explicações sobre mensagens atribuídas a ele e a procuradores da operação Lava Jato pelo site The Intercept Brasil. A audiência estava marcada para quarta-feira (26).

As informações são do jornal O Globo.

Em nota, o ministro comunicou apenas que não comparecerá a Câmara e não marcou uma nova data para a audiência. Moro ainda não explicou o motivo do questionamento.

A mudança na agenda ocorre após um novo vazamento de mensagens, divulgadas neste domingo (23) pelo jornal Folha de São Paulo em parceria com o The Intercept Brasil, indicar que procuradores do MPF (Ministério Público Federal) se organizaram para blindar Moro.

As conversas apontam os membros da força-tarefa em Curitiba temiam um possível desgaste do então juiz com o STF (Supremo Tribunal Federal) e que isso pudesse frear o ímpeto da Lava Jato, em 2016.

Moro foi voluntariamente à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, na quarta (19), onde respondeu a perguntas por aproximadamente 5 horas. Tanto essa quanto a audiência que estava marcada na Câmara foram propostas pelo ministro e tinham o objetivo de enfraquecer as iniciativas da oposição de propor uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre as conversas dele com procuradores da Lava Jato.

Havia a expectativa de um clima mais hostil em relação ao ministro na Câmara do que houve no Senado. Deputados do PT afirmam que, na CCJ, Moro deixou várias perguntas sem resposta e prometiam uma atitude mais incisiva contra o ministro.

“Ele fugiu do debate sobre as conversas. Na minha opinião, ele não terá tanta facilidade (na Câmara). A linha dele já é conhecida. Vamos demonstrar os crimes que ele cometeu”, disse Paulo Teixeira (PT-SP).

O deputado Patrus Ananias (PT-MG) defende mais clareza na audiência. “Vamos trabalhar para isso (uma atitude mais dura). Claro que sempre respeitando, mas temos que trabalhar para que a verdade prevaleça e para que os fatos não sejam colocados de baixo do tapete. Queremos que as questões fiquem muito esclarecidas”, afirmou.


*Yahoo

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