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Isolamento social reduz poluição ambiental em Salvador


Durante o isolamento social, em que as praias da cidade estiveram interditadas sob decreto para contenção da Covid-19, Salvador registrou impactos positivos em relação à coleta de resíduos nas praias. Entre os meses de março a julho, a Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb) retirou 1,7 mil toneladas a menos de resíduos das praias da cidade, em relação ao mesmo período do ano passado (4,8 mil em 2019 contra 3,1 mil este ano). Em junho, a redução foi 44% e, no mês passado, de 38%.

“Continuamos coletando lixo nas praias, mesmo com o isolamento social, porque há muita sujeira que chega do mar, oriundas de rios e canais, por exemplo. Além disso, tem aquelas pessoas que, mesmo com a fiscalização da Prefeitura, insistem em desrespeitar o decreto, frequentando as praias e gerando resíduos também”, diz o presidente da Limpurb, Leonardo Oliveira.

Ao mergulhar sozinho na área do Parque Marinho da Barra durante a pandemia, Bernardo Mussi, um dos idealizadores do projeto voluntário Fundo da Folia, que retira resíduos do fundo do mar, também notou um cenário diferente do habitual.

“Aquele lixo tradicional que sempre encontramos, como latas de cerveja e refrigerantes, garrafas pet, copos, pratos e talheres descartáveis, canudos, espetinhos e muitas embalagens plásticas de salgadinhos e de outros alimentos não estavam lá. Também percebi que a fauna e flora marinhas estavam mais vivas”, declara.

Ele disse que a retirada voluntária do lixo precisou ser suspensa durante a pandemia, por conta do isolamento social. Em dez anos de projeto, o grupo já recolheu milhares de resíduos de todo o tipo do fundo do mar, incluindo pneus, muitas latas, equipamentos eletrônicos, roupas e até dentaduras.



*Radar da Bahia

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