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Uso de máscaras deve se estender até o início de 2022, avalia infectologista


A médica infectologista Ceuci Nunes, diretora do Instituto Couto Maia, avaliou a aprovação do uso emergencial das vacinas Coronavac e da Universidade de Oxford contra a Covid-19. Segundo ela, mesmo com o governo negacionista, há chances de um franco avanço brasileiro na guerra contra o coronavírus.

Em entrevista a Mário Kertész nesta segunda-feira (18), na Rádio Metrópole, Ceuci ainda reforçou a fala de diretores da Anvisa sobre a falta de eficácia de medicamentos contra a Covid-19. "Ontem o Brasil todo e a ciência teve uma grande vitória com a aprovação de duas vacinas para uso e com a própria Anvisa dizendo que não existe tratamento precoce. Isso é uma coisa maravilhosa", declarou a médica.

Ainda de acordo com Ceuci Nunes, parte da situação vivida nesta segunda onda do coronavírus pode não estar diretamente ligado à nova cepa do coronavírus. "A gente não pode colocar a culpa no vírus. A gente tem que colocar culpa na gente. Temos um governo negacionista, que não assumiu o controle da pandemia. O próprio governo do Amazonas não fez o lockdown que deveria ter sido feito no final de dezembro, quando a situação estava muito ruim. Os próprios comerciantes foram cobrar isso do governo. A gente está colocando a economia acima da vida e depois não vai ter gente para tocar a economia", disse. 

Na avaliação da infectologista, a chegada da vacina deve indicar uma volta mais rápida à normalidade no país. No entanto, ela aponta que a suspensão do uso de máscaras e das medidas de distanciamento social só deve ocorrer no início do ano que vem. "A gente só vai se sentir seguro quando cerca de 70% da população estiver vacinada. A gente ainda vai esperar muito tempo para poder ter essa liberdade de sair sem máscara e deixar o distanciamento. Não é para agora, é mais para o final do ano ou 2022. Mas já foi um feito imenso você ter uma vacina em menos de um ano. É inédito da humanidade e é o valor da ciência", comemorou a especialista.



*Metro1

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