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Bahia é o segundo estado com mais crianças mortas pela Covid-19


Nos últimos meses, o número de crianças diagnosticadas com quadro grave da infecção pela Covid-19 vem oscilando na capital baiana, ocasionando recorde de internações em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A Bahia é o segundo estado do Brasil com maior número de crianças mortas pela doença. Só em Salvador, de 90 mil crianças cadastradas ainda não receberam a primeira dose da vacina. E a ocupação dos leitos não para de crescer.

Até a noite de ontem (10), de acordo com os indicadores da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), no total Salvador disponibiliza 30 leitos pediátricos de Unidade de Terapia Intensiva, destes, 26 estão ocupados, o que representa 87% de taxa de ocupação. Já em relação aos leitos de enfermaria, dos 60 implantados, 38 se encontram ocupados; a taxa de ocupação é 63%.

Na Bahia, conforme os dados da Central Integrada de Comando e Controle da Saúde, da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), atualmente 51 leitos de enfermaria pediátrica se encontram ocupados, com taxa de ocupação a 57%; em relação aos leitos de UTIs, a taxa é 82% com 36 leitos ocupados.

Para a médica intensivista pediátrica, Sara Vasconcelos, desde o início da pandemia este é o pior momento para os pacientes pediátricos devido ao aumento dos casos de síndrome respiratória aguda grave.

“Nunca tínhamos visualizado algo do tipo como está acontecendo agora, que é o crescimento em internações de crianças em leitos de UTIs, o quadro desses pacientes vem se agravando. A maioria está testando positivo para a Covid. Só no Instituto Couto Maia, até a última quarta-feira, chegou a 90% dos leitos UTIs pediátricos ocupados, desses 80% com Covid positivo”, destacou.

Sara ainda ressaltou que a atualização do ciclo de vacinação de pais e/ou responsáveis que convivem diariamente com crianças, se torna um fator importante como meio de evitar a disseminação da doença para o público infantil.

“Agora que a vacina chegou para as crianças com faixa etária acima de cinco anos, é de extrema importância os pais levarem seus filhos para vacina-los e se vacinarem também. Vejo muitos responsáveis deste público que no ato da internação dos seus filhos quando realizamos a anamnese, a maioria conta que não tomou ou não completaram o esquema vacinal, alegando a eficácia. Então reforçamos a vacinação das crianças elegíveis, dos adultos e manter os cuidados sanitários de higienização, uso da máscara e distanciamento; a pandemia ainda não acabou”, pontuou a médica.

Segundo dados divulgados pela Sesab, até ontem (10) cerca de 292.577 crianças de 5 a 11 anos já foram imunizadas em todo estado.




*Tribuna da Bahia

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