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Preço do ovo dispara mais uma vez na Bahia


A tradição católica indica que na Quaresma, a carne vermelha não deve ser consumida. Isso acaba aumentando o valor dos frutos do mar e até mesmo do ovo, que é uma alternativa. Além disso, a Associação Baiana de Avicultura (ABA) explica também que no período de pandemia a capacidade de alojamentos de aves foi reduzida, o que provocou a diminuição da produção do produto. Aliado a isso, o preço dos insumos como milho e farelo de soja, principais componentes da ração animal subiram. As feiras livres ainda são as melhores opções de compra. Na Sete Portas, a placa com 30 ovos está custando R$20, enquanto a dúzia sai por R$8. Em barracas na região da Pituba, o preço da placa com 30 ainda permanece R$22.

Seu Jailson, que também é feirante e pega os produtos na Ceasa, prontamente respondeu à reportagem da Tribuna da Bahia que: “O valor está aumentando na Pituba, já estão cobrando R$25 no entorno, mas leva logo porque vai aumentar”. Já a dúzia está saindo por R$10 e 6 ovos ficam por R$5.

A dona de casa Inácia Sales, 62, comenta sobre a dificuldade de consumir peixe na Semana Santa e busca uma alternativa de proteína, como o ovo.“ O preço do peixe está mais alto e a opção é comprar ovos. Não sei como é que vai ser para comer peixe na Semana Santa. Tem que ir para o ovo, mas aí a gente percebe que está com o valor alto também.”

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o ovo de galinha teve uma alta de 18,45% em 2022. A diretora executiva da Associação Baiana de Avicultura (ABA), Patrícia Nascimento, explica que o principal fator para a alta no preço do ovo é o insumo, ou seja, o milho. "A falta de chuvas em 2020 fez com que a safra do milho fosse 16% menor do que no período anterior, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), elevando fortemente o preço dos grãos no país", afirma.

Patrícia ainda explicou que durante a pandemia a capacidade de alojamentos de aves foi reduzida, o que provocou a diminuição da produção do produto. “Com isso diminuiu a produção de ovos, os produtores explicam isso. Além disso, existe todo um processo de criação, prevenção até chegar no alvo da produção e ainda tem a distribuição. Não é como o corte que leva 45 dias. A reposição destas aves é lenta.”

O ovo é um alimento de muita importância, seja ele cozido, mexido, no omelete ou frito na água faz parte do cardápio indicado por muitos nutricionistas para uma dieta saudável. “É rico em proteínas e em vitaminas. O ovo é rico em vitamina A, vitamina E e carotenóides, como a luteína e zeaxantina, nutrientes com propriedades antioxidantes, que melhoram as funções das células e fortalecem o sistema imunológico, ajudando na prevenção de problemas como câncer e doenças cardiovasculares. Em relação aos minerais, o ovo tem ferro, zinco, fósforo, potássio, manganês e selênio. Com isso, combate a anemia, dá energia para o corpo, ajuda na contração muscular, auxilia na absorção de cálcio e ainda fortalece o sistema imunológico. Por muito tempo a crença de que o ovo aumenta o colesterol foi grande, mas a verdade é que ele reduz os níveis de colesterol ruim (LDL) e eleva os do colesterol bom (HDL), destaca a nutricionista Olenka Moreschia.





*Tribuna da Bahia/Foto: Romildo de Jesus

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