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Material escolar sofre reajuste de cerca de 10% neste ano


Nesse início de ano, os pais que possuem filhos que estudam em escolas particulares devem se preparar por conta do preço do material escolar para o ano de 2024. Segundo a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE), é estimado o reajuste de preços ao consumidor, nas listas de material escolar entre 7% e 9%. A recomendação é se antecipar com a compra, enquanto as livrarias e papelarias ainda não se adequaram ao aumento. O custo do papel, de embalagens e de alguns produtos importados foram os principais componentes que tiveram uma variação em seu valor

A venda de material escolar é feita sempre no começo do ano, as escolas particulares disponibilizam uma lista de componentes que a criança e o jovem vão precisar ao longo do ano como produtos básicos de colagem, pintura, desenho, papel, livros, cadernos, entre outros itens essenciais. Toda virada de ano ou de semestre, ocorre o reajuste mas como a venda desses materiais é feita por uma demanda maior através do e-commerce, muitas lojas tendem a manter os preços em baixa para agradar a clientela.

Os pais que possuem dois ou mais filhos são os que mais sentem esse aumento de custo no bolso, a lista sempre dobra e os gastos também. O economista Antonio Carvalho fala que as famílias em grande volume sofrem com o impacto da inflação. “Por ser um gasto obrigatório, as famílias que os têm geralmente sofrem com o impacto financeiro gerado no orçamento da família em três dimensões: a primeira a própria existência do gasto; a segunda, o valor deste gasta que, pela elevação dos preços (inflação) neste período; e, a terceira, a concentração, pois a aquisição dos materiais (que incluem livros e materiais didáticos) a serem adquiridos em um curto período. Em famílias que possuem dois ou mais filhos/dependentes, esse impacto (o peso no bolso/orçamento) é ainda maior.”, diz carvalho

A vendedora, Judite Machado, da livraria e papelaria Casa Monetário comenta que não aumentou o preço em sua loja e que o movimento está fraco. “Ainda estamos com o mesmo preço do ano passado, também não chegou material novo ainda. Na virada do ano tem o aumento mas ainda não compramos nada ainda e quando comprarmos com certeza os produtos já virão mais caros. Por enquanto o movimento está devagar mas com os anos, a compra dos materiais escolares caiu muito.”, disse Machado.

Já o responsável pelo e-commerce da Livraria e Papelaria Multimarcas, Gilvan Cerqueira prefere baixar o valor do que perde o cliente. “Fizemos o reajuste de preço em alguns componentes como massa de modelar, papelaria, fita adesiva EVA. Porém, muitas lojas aqui da região fecharam pela pouca procura de material escolar e até alguns pais reclamaram do reajuste quando vieram até a loja, para não perder a venda baixamos o preço dos produtos mais básicos.Fazemos a demanda procura e oferta sempre.”, comentou Cerqueira.

Para os pais economizarem na compra do material escolar, Antonio Carvalho faz algumas recomendações importantes. “Para minimizar/aliviar esse impacto, os principais cuidados e medidas que a família deve adotar são: primeiramente avaliar se a lista de materiais solicitadas pela escola esteja dentro da legalidade, ou seja, não haja na lista produtos solicitados indevidamente, para este aspectos os órgãos de defesa do consumidor monitoram e publicam a relação de produtos permitidos e não permitidos; a segunda medida é pesquisa de forma mais ampla possível para identificar o estabelecimento com a oferta de menor preço para cada item ou menor preço global (do total da lista) e fugir das variações e de preços extorsivos; uma terceira medido que pode contribui para economizar é negociar com a escola para fracionar a entrega, sendo entregues ama quantidade de itens prioritários no ato da matrícula e os demais nos próximos meses, possibilitando adquiri-los com preços mais baixos.”, finaliza o economista.





*Tribuna da Bahia/Foto: Romildo de Jesus

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