Acidentes com idosos representam mais de 297 mil internamentos na Bahia
Vulneráveis pelas limitações físicas apresentadas com o avanço da idade e muitas vezes por questões psicológicas como sentimento de abandono, os idosos se tornam mais propícios a sofrer acidentes domésticos. E acidentes desse tipo, podem ser perigosos para o público da terceira-idade, podendo levá-los até a óbito. Na Bahia, segundo dados da Secretaria de Saúde do estado (Sesab), em 2023, mais de 297 mil internamentos de idosos que sofreram acidentes domésticos foram registrados.
Entre os tipos de acidentes mais comuns que há registros de internamento pela pasta, as quedas são responsáveis por mais de 46 mil casos de internamento, elas foram as maiores responsáveis por internações de idosos no ano passado. Outro registro que se destacou foi a queda por escorregões e tropeções, com mais de 37 mil internamentos em 2023 e por último, também chamou atenção as quedas de escadas ou degraus, responsáveis por mais de sete mil internamentos na Bahia ano passado.
Ainda segundo a Sesab, o ano de 2023, houve 759 idosos faleceram devido a acidentes domésticos no estado. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde (MS), os dados mais recentes, de 2022 apontam que cerca de 9,5 mil idosos morreram por conta de acidentes domésticos.
A Tribuna da Bahia conversou com o ortopedista da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot) Adalberto Visco, que em entrevista explicou sobre os cuidados que devemos ter com o público da terceira-idade para evitar esses acidentes que possam levar a fraturas ou a algo pior. O ortopedista respondeu na entrevista algumas medidas que podem ser tomadas para prevenir esses acidentes domésticos. “Para evitar quedas, devemos manter uma casa segura. o Sbot adotou há alguns anos o conceito de ‘Casa Segura’, que consiste em colocar pisos antiderrapantes, instalar barras no box de banho e ao lado do vaso santuário, que deve ter uma altura de 45 centímetros, evitar uso de tapetes soltos, os ambientes precisam ser amplos e bem iluminados também, manter uma luz acesa para poder ir ao banheiro a noite, também ter janelas que permitam boa ventilação e luminosidade, além de portas com mais ou menos 80 centímetros, para permitir passagem de andador ou cadeira de rodas”, pontuou Adalberto.
Questionado quais fraturas costumam ser as mais frequentes nos acidentes domésticos, o ortopedista salientou. “As fraturas mais comuns em acidentes domésticos são do colo de fêmur, fratura do 1/3 distal do rádio, fratura do colo de úmero e fratura nas vértebras”, ressaltou Adalberto.
Por fim, Adalberto Visco informou como o tratamento de recuperação para quem se acidenta costuma proceder. “Em geral, essas fraturas são de tratamento cirúrgico, e principalmente as fraturas de colo de fêmur tem um alto índice de mortalidade no primeiro ano pós-fratura. E os pacientes após as cirurgias precisam de fisioterapia para recuperação funcional e de marcha, e presença de cuidadores para manter os cuidados”, concluiu o ortopedista.
*Tribuna da Bahia/Foto: Romildo de Jesus



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