Disputa eleitoral promove dança das cadeiras no Senado
Ao menos quatro senadores deixaram temporariamente seus mandatos nas últimas semanas para dar lugar a suplentes. O pedido de afastamento temporário se dá devido a proximidade das eleições municipais e a necessidade de empenho local nas campanhas de aliados.
Eliziane Gama (PSD-MA), por exemplo, deu lugar em 16 de julho a Bene Camacho (PSD-MA) para assumir a Secretaria da Juventude no governo do Maranhão, a convite do governador Carlos Brandão (PSB). Ela deve ficar no cargo estadual até o começo de outubro, quando retoma o mandato.
Nomeado secretário-geral do PL, Rogério Marinho (RN) passou o bastão para Flávio Azevedo (PL-RN), em 19 de junho, para se concentrar por 120 dias na formação de chapas em seu Estado. Com isso, ele também passa a função de líder da oposição para o colega Marcos Rogério (PL-RO) enquanto estiver fora.
Também pediu para sair o senador Efraim Filho (União-PB) que tirou licença até outubro para se dedicar às articulações eleitorais na Paraíba, e seu conterrâneo André Amaral (União-PB) assumiu seu lugar.
Já Carlos Viana (Podemos-MG), que vai disputar a prefeitura de Belo Horizonte, pode nem mesmo voltar para a a sua vaga caso se consagre vitorioso, e Castellar Neto (PP-MG) poderá ocupá-la em definitivo. Viana se licenciou em 17 de julho para se dedicar à campanha eleitoral.
Por outro lado, o senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL) foi oficializado na semana passada vice na chapa do prefeito de Maceió, JHC (PL), mas de última hora decidiu não se licenciar. Com isso, ele vai manter o mandato no Senado ao mesmo tempo em que faz campanha na capital alagoana.
Como ficam os trabalhos – O saldo dessa troca de cadeiras não deve afetar a composição de forças no Senado, uma vez que a maioria das substituições é entre parlamentares da mesma sigla. O PSD, o PL e o União Brasil mantêm a bancada, enquanto o Podemos perde uma vaga com a saída de Carlos Viana, e o Progressistas ganha uma, com a chegada de Castellar Neto.
Durante a ausência desses senadores, o Congresso terá baixa atividade, mas algumas matérias de grande importância devem ser apreciadas na Casa presidida por Pacheco. A previsão é que os senadores tenham duas ou três semanas de esforço concentrado, a partir de desta semana, para dar tempo de votar ao menos quatro projetos de lei.
*Bahia.ba/Foto: Lula Marques/Agência Brasil
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