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"Para mim é uma sensação inédita e gratificante disputar as eleições em Simões Filho", declara Edi Lima


Candidata a vereadora pelo PC do B, Edi Lima, foi a entrevistada na tarde desta quarta-feira (25), na Rádio Simões Filho FM 87.9!

Buscando pela primeira vez uma vaga no Legislativo Municipal, Edi se pronunciou sobre vários temas durante a boa conversa, com a qualificada audiência do Programa Panorama de Notícias.

A candidata explicou a sua entrada no mundo da política.

" Essa minha decisão de participar, essa minha trajetória na política, ela surge depois de muita resistência, né? Eu não gostava de política, eu gosto de dizer isso porque eu tenho encontrado muitas pessoas que encontram nessa minha fala uma identidade e que também, se identificam com essa história. Muita surpresa e, na verdade, a minha alegria é ver que eles têm tido um comportamento muito diferente do meu, posso dizer assim. Porque eu tanto repudiava a política e depois eu explico por que esse meu repúdio, eu compreendo que não é a política. A política é a ciência do bem comum, é o que organiza a vida em sociedade. O meu repúdio é a politicagem. Então, as pessoas têm me recebido muito melhor do que eu já recebi. Eu encontrava, às vezes, algum político e eu evitava ali conversa, não tinha um diálogo. E hoje eu bato na porta e as pessoas me acolhem muito bem, porque elas compreendem que a minha revolta era a politicagem e o que as pessoas repudiam. Então, assim, elas ficam surpresa e eu fico muito contente de ver que elas também não gostam da politicagem. As pessoas que a gente tem encontrado não gostam da politicagem, mas gostam da boa política. Então, eu tenho encontrado muito carinho, muito acolhida das pessoas", explicou.


Edi ressaltou a importância das pessoas de bem dentro da politica.

"Com certeza. Eu costumo comparar esse afastamento de pessoas de bem na política como um chefe, uma dona de casa, dona de família, que é chateada porque a família não está sendo do agrado, porque da nossa família temos falhas. Então, se de repente o chefe da família, a chefa, abandona aquela família e deixa para o vizinho tomar conta, será que ela vai voltar a encontrar uma família melhor? Então, se a gente abandona a nossa cidade, se a gente abandona aquelas causas que são nossas, a gente não pode esperar depois uma cidade melhor", declarou.

A receptividade das ruas com o seu seu projeto político, foi destacada pela entrevistada.

"Então, as pessoas estão acolhendo bem. Depois dessa visita que eu fiz, ali no primeiro bairro, ali na cerâmica, todos os dias, à tarde, a gente sai para panfletar. E eu encontro pessoas, a gente não só coloca ali o nosso santinho nos correios, a gente conversa com as pessoas, a gente explica o que é a boa política, a gente fala da importância da conscientização, do voto, o quanto vale o voto das pessoas. A gente faz encontros de formação. Então, assim, tem sido muito gratificante. Teve um processo ali, deu medo, mas hoje eu digo a você, eu tenho muita alegria de sair e bater nas portas. E quando alguém não acolhe, eu entendo. Eu entendo, eu não julgo as pessoas, porque eu compreendo que aquela pessoa, ela foi ferida com a politicagem, ela precisa de tempo para entender que é possível participar", afirmou.


Por conta da pandemia Covid-19 não foi possível o contato direto com o eleitor nas eleições de 2020. Edi relatou a sua sensação neste dialogo dia dia com o eleitor de Simões Filho.

"Para mim é uma sensação inédita e gratificante. Por quê? Porque quando eu comecei a falar com algumas pessoas que iam concorrer às eleições, eu sou muito privilegiada, eu tive muito apoio e tenho muito apoio. Mas sempre tem aquelas pessoas mais pré-cavidas, né? E aí, assim, algumas pessoas diziam, olha, você não tem carro, como é que você vai fazer campanha? Você não tem dinheiro. A política de nossa cidade é muito construída em cima de dinheiro. As pessoas sempre estão pedindo alguma coisa. Então, assim, essas falas no começo também me deu uma certa insegurança. Mas, graças a Deus, o projeto que eu faço parte e as pessoas que têm me acompanhado, elas têm me incentivado muito. E, graças a Deus, eu fui vencendo esse desafio. Então, quando eu comecei a sair nas ruas, a resposta das pessoas foi muito maior do que eu esperava", relatou.


Edi se pronunciou sobre essa atual relação de cobrança do eleitor com o vereador.

"Eu avalio isso como um problema grave. Tão grave que eu acredito que essa também seja a causa das pessoas hoje se afastarem, não se comprometer com a política. Eu tenho encontrado pessoas que dizem assim, eu não vou fazer parte, eu vou votar branco, eu vou votar nulo, eu não quero participar. E por que dizem isso? Porque foi enganada por algum vereador, alguma vereadora. E por que foi enganada? Porque, infelizmente, faz parte da nossa cultura, faz parte da nossa política, o vereador ou a vereadora prometer coisas que não é do seu ofício. O vereador ou a vereadora é para representar o povo, não é para dar coisas. Eu trabalho como uma secretária para ganhar o meu salário, eu não tenho que estar me comprometendo com pessoas, agradando as pessoas para ter aquilo que me é de direito", explicou.


Secretária na Igreja Católica, Edi, falou sobre sua responsabilidade em no processo eleitoral.

"É muita responsabilidade e, sobretudo, porque eu preciso ter compromisso, responsabilidade também com a fé que eu professo. Eu sou católica, professo essa fé e tenho que zelar por isso. Sobretudo também porque eu trabalho na Secretaria Paroquial. Acho que isso dobra a minha responsabilidade. Agora, eu vejo que a Igreja, por muito tempo, caminhou muito atrelada com a política. E eu digo que não a política, mas a politicagem causou também problemas na Igreja. Mas hoje eu vejo, por exemplo, o Papa Francisco ter falado muito, ter incentivado que os cristãos católicos precisam participar da política. E essa é a minha motivação. Quando o Papa disse que nós, cristãos católicos, não devemos fazer como Pilatos, lavar as mãos. Mas precisamos participar para transformar. Uma vez também questionado se os cristãos católicos deveriam participar da política, tendo em vista que a política é um campo sujo. E o Papa, então, questiona por que a política é suja. E ele responde que a política é suja porque pessoas de mãos limpas não estão lá para limpar. Então, assim, tem todo o incentivo da Igreja que os cristãos católicos participem da política, mas que não se percam da política. Tem uma preocupação que os cristãos participem. Porém, a Igreja tem muito cuidado, porque, vou dar um exemplo, eu participo da paróquia São Miguel, mas ali também tem outro fiel que, por ventura, pode concorrer às eleições", afirmou.


O atual cenário na Câmara de Simões Filho, com 19 vereadores sem uma voz feminina foi abordado pela candidata.

"Nós temos agora 19 vereadores e não temos uma mulher na Câmara que nos represente. Você vê que nós não estamos representadas assim. 53% do eleitorado é mulher. E não tem uma mulher no Parlamento, e assim, não tem porque a gente fala tanto do feminismo. Será que o feminismo a gente entende só como uma roda de conversa entre mulheres para dizer quem é mais importante entre homens e mulheres? Não é só isso. É entender que a gente precisa da presença da mulher em todos os setores da sociedade", pontuou.

Por fim, Edi agradeceu ao apoio que tem recebido da família, dos amigos, do seu grupo político, do presidente municipal do PC do B, Hebert, do candidato a prefeito Edson Almeida e de toda população simõesfilhense. A candidata pediu ainda, para que o eleitor de Simões Filho avalie com carinho cada candidato e vote com consciência em 06 de outubro.





Por Ataíde Barbosa






















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