Busca por aluguel de temporada deve aumentar a partir de novembro
O aluguel por temporada tem crescido no Brasil e se mostrado uma opção bastante adotada por quem quer ter uma experiência diferenciada e mais “rústica”: a convivência com o bairro, a sensação de se sentir morador e o diálogo com a vizinhança.
Em Salvador, com a chegada da primavera, a proximidade do verão e das férias escolares, corretores de imóveis começam a se preparar para a longa jornada de trabalho: apresentação de imóveis, conhecimento sobre a localidade e a lábia para convencer os ‘inquilinos’ a escolherem o imóvel.
Tal qual em 2023, este ano as buscas começam por agora, mas com o objetivo de ocupar o imóvel, na maioria dos casos, a partir do mês de dezembro. De acordo com o Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado da Bahia (Creci), locais turísticos e com movimento praieiro como Barra do Jacuípe, Praia do Forte, Guarajuba e locais do Litoral Norte têm sido os destinos mais procurados pelos locatários.
A procura tem sido maior por casas de praia, mas apartamentos em bairros da orla de Salvador, como Barra, Ondina e Rio Vermelho também entram na lista. A preferência de boa parte dos inquilinos ainda continua por um espaço para abrigar a família e que esteja perto para receber amigos.
Com as altas demandas, a expectativa é que o valor suba até 50%. A tendência é que os valores aumentem conforme se aproxime o mês de dezembro e de acordo com a proximidade dos bairros turísticos.
Junto com o crescimento desta demanda, também crescem os golpes de estelionatários e contraventores que se travestem de proprietários ou até mesmo de corretores de imóveis para enganar a população desavisada. O corretor de imóveis Augusto Leão afirma que este tipo de locação é arriscada, mas mais vantajosa financeiramente para o proprietário.
“São riscos de golpes e fraudes, o inquilino pode alugar sem saber se o imóvel realmente existe, e acaba pagando o dinheiro por um lugar e sair perdendo. O inquilino também pode pagar e encontrar uma residência sem água, sem luz. O proprietário pode ter prejuízos; São vários fatores para se avaliar, mas o fato é que financeiramente é mais vantajoso”, diz.
“No aluguel por temporada, tanto o proprietário lucra mais, como o inquilino economiza, pois não gasta diária de hotel para vários membros da família”, acrescenta.
O carioca Jonathan Alvarez, 34 anos, vem a Salvador no fim do ano para curtir as festas de verão com os amigos. Inicialmente, costumava se hospedar no Ibis, no Rio Vermelho, mas desde 2016 só faz aluguel por temporada. “Mais confortável, mais gostoso, menos burocrático, é a experiência de morar e se sentir morador. È outra coisa”, conta.
A maioria das vezes ele ficou na Barra e encontrou apartamentos pelo Airbnb. “Prático, seguro Não penso em hotel mais nas minhas viagens”, acrescenta. Este ano, ele quer tentar um imóvel no Santo Antônio ou pelo Largo Dois de Julho para mudar de cenário e viver outras realidades da capital baiana. Segundo o Conselho, o estado da Bahia está nos primeiros lugares no ranking de locação por temporada, em virtude de sua tradição, suas praias e, principalmente, pelo Carnaval.
*Tribuna da Bahia/Foto: Romildo de Jesus
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