UTI completa três anos no Hospital Municipal de Simões Filho, coordenadora detalha números da unidade
No dia 06 de dezembro de 2021, o município de Simões Filho, ganhava o seu maior presente na área da saúde: Os 10 leitos de UTI no Hospital Municipal da cidade.
Após três anos de funcionalidade, o equipamento continua salvando vidas e sendo gerido pela gestão municipal sem nenhum apoio financeiro do governo do estado.
Na tarde desta quinta-feira (12), a Coordenadora UTI, Drª Isabel Mendonça foi a entrevistada na Rádio Simões Filho FM 87.9!
Na Boa Conversa com a qualificada audiência do Programa Panorama de Notícias, a coordenadora destacou a sua felicidade em coordenar a UTI.
"Diante do meu currículo e do meu acervo profissional, eu fui convidada exatamente para essa característica de desafio de poder, inclusive, instruir, preparar e cuidar dessa população. E tem sido, assim, crescente, gratificante, a cada dia a gente vai aprendendo, vai crescendo, vai se somando e é bacana poder perceber esse filho, se assim podemos dizer, já com três anos, né, com tanta expressão de maturidade, de compreensão, de respeito nessa população. É muito gratificante", explicou.
A coordenadora detalhou a equipe que compõe a UTI.
"Nosso time, ele é composto inicialmente por uma coordenação técnica, depois por dois personagens médicos diaristas que também são titulados em terapia intensiva, que são especialistas em pacientes graves. Na sequência, nós temos os médicos que são plantonistas. Então, eles ficam no plantão 24 horas. Depois disso, nós temos uma coordenação de enfermagem, que com isso a gente faz os planos, os projetos para tentar melhorar os resultados. Na sequência, nós temos enfermeiros plantonistas, que ficam à beira leito executando o que foi definido no plano terapêutico. Depois, na sequência, nós temos a equipe de nutrição, que nos dá suporte, temos o pessoal do laboratório, também no dia a dia. A psicologia que nós temos em nossa UTI, psicólogos de domingo a domingo. Nós temos fisioterapeutas, inclusive também com um coordenador de fisioterapia, que compõem as três coordenações, uma elaboração de um plano de cuidado para que a gente possa cada vez mais deixar esse paciente na UTI em menos tempo. Além dessa coordenação de físio, você tem os fisioterapeutas que ficam lá diariamente. Compomos ainda, e que nos ajudam, os farmacêuticos, nós temos uma farmácia que é atuante, nós temos o pessoal da higienização, que conseguem agilizar na limpeza do leito, para que a gente possa admitir logo outro paciente que vier na emergência, é um time muito bom conosco. E os técnicos que cada vez mais são os grandes defensores nossos, os tradutores à beira leito. Essa é a nossa equipe", detalhou.
A rotatividade nos 10 leitos da UTI foi explicada pela coordenadora.
"Perfeito. Aproveitando para dizer que nós conseguimos, inclusive, ocupar nas nossas estatísticas desse ano, acima de 80% do preenchimento dos leitos da UTI. Isso se traduz que nós tivemos pacientes que precisaram entrar e que foram tratados. Ok. Quando você nos pergunta quando que isso se roda, é porque nós temos critérios, que eles chamam tabelas e que se chamam scores, que faz a gente poder fazer exames e checar como esses sistemas estão funcionando. Quais são esses sistemas? O sistema nervoso central, o sistema o respiratório, o cardíaco, o urinário, o nutricional e o metabólico. Então, quando a gente faz todo esse checklist e esse organismo está equilibrado, é o critério de alta. Aproveito assim para dizer que com esse mesmo leito de UTI, com uma taxa de ocupação de acima de 80%, nós conseguimos rodar 6 pacientes no mês por cada leito. Nós temos tudo isso computado. Então, veja que não são só 10 leitos, nós conseguimos tratar uma população da melhor forma possível e com um tempo mais abreviado, dando essa devolução de uma saúde em qualidade", explicou.
A questão das visitas foi destacada pela Drª Isabel.
"Na verdade, isso também é um grande ganho da nossa UTI. Nós conseguimos já não só agregar psicologia todos os dias, mas toda a equipe, ela é trabalhada em cima disso para um acolhimento. Então, nós sempre temos visitas na UTI e a depender do caso, nós temos visitas com horários até estendidos, ou seja, esse familiar, ele não perde o direito nunca de ver o seu paciente e assim como de uma forma cuidada, orientada, ele pode até ficar maior tempo com o seu familiar", esclareceu.
Na oportunidade, a coordenadora explicou a diferença entre UTI e CTI.
"UTI, Unidade de Terapia Intensiva. CTI, Centro de Terapia Intensiva, ou seja, eu poderia ter, talvez seja uma meta nossa, se todos continuarem nos apoiando, a ter outras especialidades dentro da UTI. Então, nós teríamos, então um Centro de Terapia Intensiva. Hoje, nós temos uma Unidade de Terapia Intensiva, onde nós conseguimos resolver a maioria das especialidades que chegam para nós e temos capacidade técnica até então. Mas, se hoje tem outros lugares que têm Centros de Terapia Intensiva, onde isso é feito, a UTI cardíaca, UTI neurológica, onde são pacientes neuro críticos operados, cardíacos operados e ou não, então esses núcleos fazem o Centro de Terapia Intensiva", explicou.
Por fim, Drª Isabel agradeceu a oportunidade da entrevista na Rádio Simões Filho FM 87.9 e agradeceu a toda sua equipe de trabalho na UTI, ela excelência no serviço prestado a população de Simões Filho.
Ao longo destes três anos de funcionamento no Hospital Municipal de Simões Filho, um total de 1.400 pacientes já passaram pela UTI em Simões Filho.
Por Ataíde Barbosa
Nenhum comentário