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Diretora fala sobre as dificuldades de viver com Fibromialgia diariamente

Márcia Félix – Diretora do Grupo de Fibromiálgicos de Simões Filho

A diretora-presidente do Grupo de Fibromiálgicos de Simões Filho, Márcia Félix, tem trabalhado incansavelmente pela luta em prol da conscientização e garantia de direitos para os portadores da fibromialgia no município. No início da tarde desta sexta-feira, 7/2, ela foi entrevistada pelo radialista Ataíde Barbosa, no Programa Panorama de Notícias, na Rádio Simões Filho FM 87.9, onde compartilhou sua trajetória, desafios e conquistas à frente do grupo.

Durante a entrevista, Márcia Félix relatou como descobriu a fibromialgia e os impactos da doença em sua vida, incluindo a depressão que enfrentou devido às dores crônicas. Foi por meio do incentivo de sua psicóloga, Dra. Eliana, que ela decidiu transformar sua experiência em um projeto de apoio a outras pessoas na mesma condição na cidade de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador.


Ao se mudar de Salvador para Simões Filho, conheceu a enfermeira e ex-secretária de Saúde, Poliana Rocha, que a acolheu e apresentou ao seu esposo, o vereador Eri Costa. O parlamentar abraçou a causa e apresentou um projeto de lei garantindo prioridade em filas para os portadores da fibromialgia. O projeto foi aprovado por unanimidade na Câmara de Simões Filho em 2022 e sancionado pelo então prefeito Diógenes Tolentino, gestor sensível às mais diversas causas sociais, e entregou o primeiro lote das carteiras de identificação para pessoas com fibromialgia, representando uma importante conquista para a comunidade.

“Deus é a minha força, e eu tenho certeza que Ele me deu essa missão para ajudar as pessoas. Embora eu também tenha essa mesma patologia, Ele tem sido a nossa força para não desistirmos”, declarou Márcia Félix.

Conscientização Sobre a Fibromialgia

A Fibromialgia é uma síndrome que causa dores musculares generalizadas, fadiga, distúrbios do sono, alterações de memória e humor, entre outros sintomas. Muitas vezes, os pacientes enfrentam dificuldades no diagnóstico e preconceito devido à falta de conhecimento sobre a doença.

Márcia enfatizou que a fibromialgia pode vir acompanhada de outras condições, tornando essencial o trabalho de conscientização para que a sociedade conheça os sintomas e entenda os desafios enfrentados pelos pacientes.

Diagnosticada em 2015, Márcia lembrou que, desde a infância, sentia dores sem saber a causa, associando posteriormente as crises a um trauma emocional vivido na infância. Hoje, ela comemora os avanços obtidos, mas reforça que a luta continua para garantir mais qualidade de vida aos fibromiálgicos.

Atualmente, o Grupo de Fibromiálgicos de Simões Filho conta com 205 integrantes e tem parceria com a Associação Nacional de Fibromialgia (Anfibro). Apesar das conquistas, Márcia destacou a falta de compreensão da população em relação à doença.

“Muitas vezes somos chamadas de ‘Maria das Dores’. Sentimos dores 24 horas por dia. Às vezes, até colocar os pés no chão é difícil. Chegamos a determinados lugares e as pessoas nos dizem que não temos prioridade, nos julgam sem entender a nossa condição”, desabafou.




*Rede Imprensa

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