Caiado critica Lula e prega coerência política
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), criticou a gestão do governo federal e comentou o cenário político nacional durante um almoço organizado pelo Sistema Comércio BA, na Casa do Comércio, em Salvador, ontem. O evento reuniu empresários e autoridades antes da solenidade de entrega do Título de Cidadão Baiano e da Comenda 2 de Julho ao governador.
Sobre as eleições de 2026, Caiado avaliou que o ex-presidente Jair Bolsonaro segue como um nome de peso no tabuleiro político. “A eleição vai ser dia 4 de outubro de 2026. Até lá, muita coisa acontece. Na política, a gente costuma dizer que um dia é uma eternidade. Bolsonaro é uma carta forte dentro do jogo, não se pode desconhecer a liderança dele. Assim como Lula se colocou como pré-candidato quando estava inelegível, Bolsonaro também vai se manter nessa posição”, afirmou.
O governador goiano também defendeu a dinâmica eleitoral brasileira, rejeitando a ideia de uma unificação de candidaturas no primeiro turno. “Se você quer que tudo se aglutine no primeiro turno, então tem que revogar a lei eleitoral no Brasil. Ela é feita para que todos lancem candidatos no primeiro turno e, no segundo, haja a polarização entre os dois mais votados”, explicou.
Coerência
Ao falar sobre coerência política, Caiado destacou sua trajetória partidária e relembrou sua relação com lideranças baianas. “Eu respeito a opção de cada colega. Mas você é fruto do seu habitat, do seu eleitor. É muito difícil fazer uma transição dessa e buscar o eleitor de volta. A política nos ensina que popularidade oscila, mas coerência é o que preserva o político”, declarou. “Eu sempre fui coerente. Estou na União Brasil e desde o meu tempo de PFL mantenho minha posição. Fui colega de Luís Eduardo Magalhães, ACM Neto, e recebo com orgulho o título na mão de Bruno Reis. Cada um tem que ter responsabilidade com quem representa e com o seu futuro político”, completou.
Caiado também fez duras críticas à gestão federal, apontando dificuldades econômicas e problemas na condução da política financeira. “O governo derreteu, derreteu. A reprovação dele [Lula] está em 56%. Ontem eu estava dando uma entrevista e falei sobre o tal do empréstimo do Lula. [...] Não é possível! Você vai tirar um dinheiro que é seu, do FGTS, e vai pagar 50% de juros”, afirmou, em referência ao novo modelo de empréstimo consignado anunciado pelo governo federal para trabalhadores CLT, empregados domésticos, trabalhadores rurais e microempreendedores.
O governador seguiu sua análise sobre a economia do país. “A comida na mesa está mais cara, a inflação está cada vez maior, a taxa de juros é de 14,25%. O Brasil está realmente em um momento difícil. Não tem nenhuma área de atuação do governo federal que apresente resultados”, criticou.
Por fim, Caiado comparou a gestão do governo federal com o desempenho do estado de Goiás. “Se você pega o governo federal e compara, modesta parte, com o meu Estado, eu peguei ele nessa situação. Hoje, Goiás é o primeiro lugar na educação, na segurança, no combate à pobreza, na transparência e na liquidez. Isso é resultado de boa gestão e seriedade com o dinheiro público. É assim que se governa”, concluiu.
*Tribuna da Bahia/Foto: Divulgação
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