Mesmo após ordem judicial, professores mantêm greve em Salvador e cobram piso salarial
Professores da rede municipal de ensino de Salvador decidiram manter a greve iniciada na última terça-feira (6), apesar de uma decisão judicial que determina o retorno imediato às atividades. A deliberação foi tomada durante assembleia realizada na tarde desta segunda-feira (12), segundo informou a APLB Sindicato, entidade que representa a categoria.
Justiça impôs multa de R$ 15 mil por dia em caso de descumprimento
A greve foi considerada ilegal pela Justiça baiana, que concedeu liminar atendendo a um pedido da Prefeitura de Salvador. O juiz Adriano Augusto Gomes Borges, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), estabeleceu multa diária de R$ 15 mil à APLB em caso de descumprimento e determinou o retorno imediato às aulas no prazo de 24 horas.
Na decisão, o magistrado alegou que a paralisação compromete gravemente o direito de estudantes em situação de vulnerabilidade social, especialmente no cenário de recomposição do aprendizado pós-pandemia. Também mencionou a interrupção de serviços essenciais, como a merenda escolar, como um dos impactos da greve.
O Município argumentou que o diálogo com os professores segue em andamento e que apresentou proposta de reajuste, o que, segundo a Prefeitura, inviabiliza a legalidade da paralisação.
Professores cobram cumprimento da Lei do Piso e melhorias nas escolas
Entre as reivindicações da categoria estão o cumprimento da Lei do Piso Nacional do Magistério, melhorias nas condições de trabalho, climatização das salas de aula, fornecimento de materiais pedagógicos e valorização profissional. Os educadores afirmam que a mobilização visa chamar atenção da sociedade para os desafios enfrentados pela educação pública na capital baiana.
*Bahia.ba/Foto: Divulgação/APLB
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