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Deputados da Bahia já gastaram mais de R$ 1,1 milhão com combustíveis em seis meses


Em pouco mais de meio ano, os 39 deputados federais da Bahia acumularam mais de R$ 1,1 milhão em despesas com combustíveis pagos com recursos públicos. O levantamento, baseado em dados do Portal da Transparência da Câmara dos Deputados, considera os gastos realizados entre 1º de janeiro e 22 de julho e revela que, em média, cada parlamentar desembolsou cerca de R$ 29 mil no período — o equivalente a aproximadamente R$ 4,1 mil por mês.

Com esse valor mensal, seria possível adquirir cerca de 665 litros de gasolina, considerando o preço médio de R$ 6,22 por litro, segundo a Petrobras. Somando todos os gastos, a quantidade de combustível bancada pela verba parlamentar daria para percorrer mais de 2 milhões de quilômetros — o suficiente para dar mais de 50 voltas ao redor do planeta.

Quem mais gastou?

No topo da lista de gastos está o deputado Jonga Bacelar (PL), com R$ 61,6 mil em despesas com combustíveis. Logo atrás aparecem Paulo Magalhães (PSD), com R$ 58,3 mil, e Charles Fernandes (PSD), com R$ 57 mil. Também figuram entre os maiores consumidores de combustível os deputados Josias Gomes (PT), com R$ 53,6 mil; Jorge Solla (PT), com R$ 51,5 mil; Zé Neto (PT), com R$ 44 mil; e Roberta Roma (PL), com R$ 42 mil.

Confira os sete parlamentares baianos que mais utilizaram verba pública para abastecimento de veículos:

Jonga Bacelar (PL): R$ 61,6 mil

Paulo Magalhães (PSD): R$ 58,3 mil

Charles Fernandes (PSD): R$ 57 mil

Josias Gomes (PT): R$ 53,6 mil

Jorge Solla (PT): R$ 51,5 mil

Zé Neto (PT): R$ 44 mil

Roberta Roma (PL): R$ 42 mil

Gastos cobertos pelo “cotão”

Essas despesas são custeadas pela chamada Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap), popularmente conhecida como “cotão”. Trata-se de uma verba mensal à qual todos os deputados têm direito, destinada a cobrir custos relacionados ao exercício do mandato, como passagens aéreas, hospedagens, alimentação, consultorias e combustíveis.

O valor da cota varia de acordo com o estado de origem do parlamentar, levando em consideração os custos logísticos para o deslocamento até Brasília.

A recorrência de gastos elevados com combustíveis, especialmente em um período de fiscalização crescente sobre o uso de recursos públicos, reacende o debate sobre a transparência e o controle das verbas parlamentares.



Por Ataíde Barbosa/Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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