Fogo Simbólico chega a Salvador e dá início às celebrações do 2 de Julho
A tradicional chegada do Fogo Simbólico a Salvador marcou, nesta terça-feira (1º), o início das celebrações cívicas do 2 de Julho, data que relembra a luta pela independência do Brasil na Bahia. A cerimônia foi realizada na Praça General Labatut, no bairro histórico de Pirajá, e contou com uma série de homenagens simbólicas à memória dos heróis que contribuíram para a consolidação da soberania brasileira.
A chama foi conduzida até a capital baiana pela atleta máster Lucy dos Santos, de 54 anos, natural de Simões Filho. Com 39 anos de participação no evento, Lucy foi responsável por acender a Pira no Panteão de Pirajá, em um ato de forte simbolismo patriótico. "É sempre uma honra representar essa luta que nos deu liberdade. Também homenageio Maria Quitéria, que representa todas as mulheres guerreiras da nossa história", afirmou.
Seguindo a tradição, o Fogo Simbólico partiu na véspera de cidades marcantes do processo de independência na Bahia, como Cachoeira e Mata de São João, passando por municípios como Santo Amaro, Candeias e Simões Filho, até alcançar Pirajá. O maratonista Antônio Lourenço Pereira, de 68 anos, participou mais uma vez do percurso. “Já são 38 anos acompanhando esse trajeto. Faço com orgulho, porque essa chama representa liberdade e resistência”, declarou.
Durante a solenidade em Pirajá, foram hasteadas as bandeiras do Brasil, da Bahia e de Salvador, com a presença de autoridades civis e militares. O presidente da Fundação Gregório de Mattos (FGM), Fernando Guerreiro, destacou o papel histórico do bairro. “Pirajá é um território de luta, fé e resistência. Não se trata apenas da independência da Bahia, mas sim da independência do Brasil que aconteceu aqui”, afirmou.
A cerimônia também contou com homenagens ao General Labatut, com colocação de flores em seu túmulo, e a execução do Hino Nacional pela Banda da Polícia Militar da Bahia. Ao fim do ato, o Cortejo Afro fez uma apresentação cultural que envolveu os presentes, reforçando a força da cultura baiana no contexto da celebração.
As comemorações continuam nesta quarta-feira (2), quando ocorre o tradicional cortejo dos carros do Caboclo e da Cabocla, figuras que simbolizam o povo em luta. O desfile parte da Lapinha e percorre bairros como Soledade, Barbalho e Santo Antônio Além do Carmo até o Campo Grande, reunindo milhares de pessoas em um ato de celebração, resistência e memória.
Por Ataíde Barbosa/Foto: Jefferson Peixoto / Secom PMS
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