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Preta Gil morre aos 50 anos após batalha contra o câncer


A música brasileira perde neste domingo (20) uma de suas vozes mais marcantes. Preta Gil, cantora, atriz, apresentadora e produtora cultural, faleceu aos 50 anos, após enfrentar com coragem e dignidade uma longa batalha contra o câncer de intestino.

Filha de Gilberto Gil, ícone da MPB e referência internacional, Preta Maria Gadelha Gil Moreira nasceu no Rio de Janeiro, em 8 de agosto de 1974, mas construiu sua trajetória artística com autenticidade própria. Lançou seu primeiro álbum, Prêt-à-Porter, em 2003 e, desde então, não parou mais. Entre blocos de Carnaval, palcos lotados e aparições carismáticas na TV, Preta se tornou símbolo de liberdade, diversidade e resistência. Suas músicas, falas e atitudes sempre carregaram uma mensagem de empoderamento — principalmente para mulheres negras, corpos fora dos padrões e minorias silenciadas.

Nos últimos anos, sua voz também ecoou nas trincheiras da saúde. Em janeiro de 2023, Preta foi diagnosticada com câncer colorretal e enfrentou a doença com a mesma força que sempre guiou sua carreira. Compartilhou com franqueza sua rotina de tratamentos, internações e cirurgias, mantendo-se próxima do público que tanto a admirava. Após um período de aparente remissão, em dezembro daquele ano, a doença retornou em agosto de 2024 com metástase, exigindo uma nova etapa de tratamento.

Determinada a buscar todas as possibilidades, a artista viajou aos Estados Unidos em 2025, onde participou de um protocolo médico experimental, com apoio de instituições em Nova York e Washington. Mesmo em meio à dor, Preta seguia transmitindo mensagens de gratidão, amor e esperança. “A minha realidade pode ser dura, mas também é cheia de amor, cuidado e gratidão”, escreveu em uma de suas últimas publicações, tocando o coração de milhares de seguidores.

A trajetória de Preta Gil vai muito além da música. Ela foi presença, voz, luta e afeto. Uma mulher que desafiou padrões, acolheu causas e viveu intensamente — mesmo nos momentos mais difíceis. Sua partida deixa uma lacuna imensa na cultura brasileira, mas seu legado permanecerá vivo, inspirando gerações.




Por Ataide Barbosa/Foto: Reprodução Redes Sociais 

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