Risco de cassação e instabilidade: o cenário projetado por Genivaldo Lima
O cenário político de Simões Filho pode estar prestes a passar por uma verdadeira turbulência. Em entrevista exclusiva ao Programa Panorama de Notícias na Rádio Simões Filho FM 87.9, o vereador Genivaldo Lima fez duras críticas à atual gestão e à base política da qual fez parte, além de lançar um alerta grave: caso a justiça eleitoral confirme denúncias envolvendo fraudes na cota de gênero, a cidade pode enfrentar novas eleições já neste ano.
Independência política e críticas ao passado
Embora tenha sido eleito pela base do ex-prefeito Dinha Tolentino, Genivaldo não hesita em se declarar independente e distanciar-se dos grupos tradicionais. “Não sou oposição, sou o povo de Simões Filho”, afirmou, ao revelar um profundo arrependimento por ter ajudado a construir um projeto que, segundo ele, virou um trampolim político familiar.
Denúncias que abalam a Câmara e o Executivo
O foco da entrevista foi a grave denúncia que pode derrubar até nove vereadores e comprometer o mandato do atual prefeito Del. A questão envolve a Súmula 73 do Tribunal Superior Eleitoral, que pune fraudes em candidaturas femininas fictícias — uma prática que, segundo o vereador, tem sido subestimada por muitos parlamentares.
“Tem gente esperando que tudo se resolva sozinho, mas nada cai do céu sem a gente fazer a nossa parte”, disparou Genivaldo, que defende a contratação de especialistas em direito eleitoral para lidar com o caso.
Projeto Pensa Simões Filho: de proposta a marketing político
Outro ponto de crítica do vereador foi o uso do projeto Pensa Simões Filho, que, para ele, perdeu seu propósito original de plano de desenvolvimento e se transformou em instrumento de marketing político do grupo Tolentino Oliveira. Genivaldo lamentou o afastamento dos idealizadores Nilton Novaes e Hélio Santos, figuras que deram origem à proposta.
Tensão na Câmara e a possibilidade de uma nova Mesa Diretora
Nos bastidores da Câmara Municipal, o clima é de apreensão. Segundo o vereador, mesmo com a aparência de normalidade, a “angústia e o pânico” entre os vereadores são palpáveis, diante do risco de cassações e perda de mandatos. Sobre uma eventual eleição para a presidência da Casa, Genivaldo disse estar à disposição, mas ressaltou a importância do consenso entre os pares.
Um futuro incerto e a responsabilidade dos políticos
Se as previsões de Genivaldo se confirmarem, Simões Filho pode enfrentar uma crise institucional sem precedentes, com queda do prefeito, vice, presidente da Câmara e convocação de novas eleições municipais. Em meio a esse vácuo de poder, o comando da cidade poderia ficar temporariamente nas mãos do segundo vice-presidente da Câmara, Joca da Farmácia.
O vereador também fez um apelo por maior responsabilidade e compromisso dos parlamentares com a população. “Estão consertando alambrado enquanto o povo sofre sem saúde e educação”, criticou, reforçando seu papel como fiscalizador do dinheiro público.
O que esperar daqui para frente?
Simões Filho vive um momento delicado, com um futuro político incerto que depende da ação da justiça eleitoral e do comportamento dos próprios agentes públicos. Resta saber se o clamor por transparência e justiça será atendido, e se a população poderá, enfim, retomar o protagonismo no destino do município.
Por Ataíde Barbosa
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