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Terra gira mais rápido e dia será encurtado em 1,30 milissegundo nesta quarta-feira


Nesta quarta-feira (9), a Terra terá um leve aumento em sua velocidade de rotação, reduzindo a duração do dia em 1,30 milissegundo. Embora esse encurtamento seja imperceptível para as pessoas no dia a dia, o fenômeno tem despertado atenção da comunidade científica internacional. A informação é do Serviço Internacional de Sistemas de Referência e Rotação da Terra (IERS), em conjunto com o Observatório Naval dos Estados Unidos.

Este será o primeiro de três dias considerados "especialmente curtos" em 2025, com os próximos previstos para 22 de julho e 5 de agosto. Curiosamente, é o quinto ano seguido em que esse fenômeno ocorre justamente entre os meses de julho e agosto, rompendo uma tendência histórica de desaceleração da rotação terrestre.

Especialistas apontam que o comportamento da Terra é influenciado por diversos fatores: desde variações no nível dos oceanos até processos geológicos como terremotos e mudanças na estrutura interna do planeta. Eventos sísmicos, por exemplo, podem redistribuir massa e, como consequência, alterar levemente a rotação.

Apesar disso, o maior responsável pela desaceleração gradual da Terra ao longo dos séculos continua sendo a interação gravitacional com a Lua. À medida que o satélite natural se afasta lentamente do planeta — cerca de 3,8 centímetros por ano —, a rotação da Terra também vai diminuindo, numa taxa de aproximadamente 1,8 milissegundo por século.

No passado geológico, a realidade era bem diferente: registros indicam que já houve períodos em que um ano terrestre tinha entre 372 e 490 dias, sinal de que os dias eram significativamente mais curtos.

Mesmo sem efeitos imediatos para a população, essa variação na rotação é levada a sério por cientistas, já que pode impactar tecnologias que dependem de extrema precisão, como os sistemas de GPS, satélites de comunicação e redes globais de dados.

Com isso, órgãos especializados seguem monitorando minuciosamente cada segundo da rotação da Terra, garantindo que nosso tempo — por mais sutil que seja sua mudança — continue sincronizado com o planeta em constante movimento.




Por Ataíde Barbosa/Foto: NASA

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