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Infectologista alerta: gripe é a maior causa de mortes da história


Durante participação no programa Metrópole Saúde, na manhã desta quarta-feira (6), o infectologista Adriano Oliveira fez um alerta contundente: a gripe, causada pelo vírus influenza, é a doença mais letal da história da humanidade.

Segundo o especialista, mesmo com os avanços da medicina, é preciso respeitar e compreender a gravidade desse vírus, que já sofreu centenas de mutações e segue circulando com força em todo o mundo.

“Não existe nada na história da humanidade — nem guerra, nem fome, nem outra doença — que tenha matado mais do que a gripe”, afirmou o médico.

Ele citou como exemplo a pandemia de influenza de 1918, também conhecida como gripe espanhola, que ocorreu em meio à Primeira Guerra Mundial. Para ilustrar o impacto, Adriano traçou um paralelo inusitado: enquanto as potências da guerra se enfrentavam, o vírus atuava silenciosamente e matou mais do que qualquer exército envolvido no conflito.

“Naquela época, tínhamos a Tríplice Entente, a Tríplice Aliança e o vírus da influenza. Dos três, o que mais matou foi o vírus”, comparou.

De acordo com dados históricos citados pelo médico, estima-se que entre 20% e 25% da população mundial da época tenha morrido em poucos meses por conta da gripe — um número assustador.

“Se projetássemos essa taxa para a população atual, estaríamos falando de aproximadamente 1,2 bilhão de mortos. Naquela época, relatos falavam de corpos empilhados nas ruas, sem espaço nos cemitérios. É uma página trágica da nossa história que não pode ser esquecida”, destacou Adriano.

O infectologista reforçou a importância da vacinação contra a gripe, especialmente entre os grupos mais vulneráveis, como idosos, gestantes, crianças e pessoas com comorbidades.

“O vírus da influenza ainda está entre nós. Ele muda, se adapta, e pode ser mortal, principalmente para quem não está protegido. A vacina é uma das principais ferramentas de prevenção”, concluiu.




Por Ataíde Barbosa/Foto: Metropress/Fernanda Vilas

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