Bolsonaro será internado em Brasília para cirurgia autorizada pelo STF e ficará sob custódia da Polícia Federal

O ex-presidente Jair Bolsonaro será internado nesta quarta-feira, em Brasília, para a realização de exames médicos e de uma cirurgia de correção de hérnia inguinal bilateral. O procedimento ocorrerá no Hospital DF Star e foi autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou que toda a internação aconteça sob custódia da Polícia Federal.

De acordo com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, a Polícia Federal ficará responsável pelo transporte, pela segurança e pela vigilância do ex-presidente durante todo o período em que permanecer no hospital. O esquema prevê monitoramento ininterrupto, com agentes posicionados de forma permanente na porta do quarto e equipes de prontidão nas áreas internas e externas da unidade hospitalar.

As regras impostas pelo STF também restringem o acesso ao local. Está proibido o uso de celulares, computadores e outros dispositivos eletrônicos, sendo permitidos apenas equipamentos médicos indispensáveis ao atendimento. A medida, segundo a decisão, tem como objetivo garantir o cumprimento das determinações judiciais e preservar a segurança do ambiente hospitalar.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro está autorizada a acompanhar Jair Bolsonaro durante toda a internação. Outras visitas dependerão de autorização judicial específica. Um pedido da defesa para permitir a presença dos filhos Flávio e Carlos Bolsonaro foi analisado, mas acabou sendo negado.

Nesta quarta-feira, o ex-presidente passará por avaliações clínicas e pelo preparo pré-operatório. A cirurgia está prevista para a manhã de quinta-feira (25), feriado de Natal, e deve durar entre três e quatro horas. A expectativa da equipe médica é de uma internação que pode variar de cinco a sete dias, dependendo da recuperação no pós-operatório.

Bolsonaro já passou por outros procedimentos cirúrgicos desde o atentado sofrido em 2018 e segue em acompanhamento médico. Durante todo o período de internação, a Polícia Federal continuará responsável pela custódia, conforme determinação do Supremo Tribunal Federal.

Por Ataíde Barbosa/Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil