Casos de meningite caem na Bahia, mas Sesab mantém alerta para vacinação
Mesmo com a confirmação de casos recentes de meningite na Bahia, os registros da doença apresentaram redução em relação ao mesmo período do ano passado. A informação foi destacada pela coordenadora de Imunização da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), Vânia Rebouças, durante entrevista ao programa Metrópole Saúde, nesta segunda-feira (22). Segundo ela, o cenário, embora apresente leve melhora, ainda exige atenção permanente.
De acordo com a coordenadora, a meningite é considerada uma doença endêmica no Brasil, o que significa que continua circulando ao longo de todo o ano, independentemente de fatores sazonais. Por esse motivo, Vânia reforçou que a vacinação segue sendo a principal forma de proteção da população e um instrumento essencial para reduzir a gravidade e a letalidade da doença.
Ao comparar os dados atuais com os de 2024, a coordenadora apontou uma diminuição discreta no número de casos, mas ressaltou que o total ainda é significativo. “Já ultrapassamos a marca de 380 casos confirmados no estado. Isso mostra que, mesmo com a vacina disponível, a doença continua presente e requer vigilância constante”, afirmou.
Vânia Rebouças também alertou para os riscos associados à meningite bacteriana, com destaque para a meningite meningocócica, uma das formas mais graves da enfermidade. Segundo ela, embora nem todos os pacientes evoluam para óbito, há possibilidade de agravamento rápido do quadro clínico e de sequelas permanentes, o que torna o diagnóstico precoce fundamental.
“Estamos falando de uma doença que pode evoluir de forma acelerada. Em alguns casos, o desfecho é grave, com sequelas para a vida inteira ou até morte”, explicou.
Por isso, a coordenadora enfatizou a importância de reconhecer os sintomas iniciais, como febre alta, dor de cabeça intensa, rigidez na nuca, náuseas e manchas na pele, e buscar atendimento médico imediato.
A Sesab reforça que as vacinas que protegem contra os principais tipos de meningite estão disponíveis gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A secretaria também mantém ações contínuas de vigilância epidemiológica e orienta a população a manter o cartão de vacinação atualizado, como medida essencial para conter a circulação da doença no estado.
Por Ataíde Barbosa/Foto: Metropress/Fernanda Vilas




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