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Ministro Alexandre de Moraes mantém custódia de coronel investigado por trama golpista


O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta quinta-feira (19), manter a prisão do coronel Marcelo Câmara, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acusado de envolvimento em uma suposta trama golpista. A decisão foi proferida pelo ministro Alexandre de Moraes, durante audiência de custódia conduzida por seu gabinete.

Câmara foi preso após violar uma das medidas cautelares impostas pela Corte, que proibia o uso de redes sociais. A infração ocorreu quando ele manteve contato virtual com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e também investigado no inquérito que apura a tentativa de abalar a ordem democrática.

Segundo relato do advogado de Câmara, Eduardo Kuntz, a aproximação foi iniciada por Cid, que o procurou por meio das redes sociais. No entanto, para o ministro Moraes, o advogado extrapolou os limites legais de sua atuação ao interagir com Cid. Como consequência, além da manutenção da prisão de Câmara, Moraes determinou a abertura de um inquérito específico para apurar possível obstrução de justiça por parte do defensor.

Por ser coronel do Exército, Marcelo Câmara está detido nas dependências do Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília, conforme prevê o direito de custódia especial para militares de alta patente.

A decisão reafirma a postura firme do STF diante das tentativas de desrespeito às medidas judiciais e do uso indevido de canais digitais em processos de alta sensibilidade política e institucional.




Por Ataíde Barbosa/Foto: Marcelo Casal Jr./Agência Brasil

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