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Confiança do torcedor brasileiro na seleção atinge menor nível da história às vésperas da Copa de 2026


A fé do brasileiro na conquista do hexa nunca esteve tão abalada. Segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Datafolha, apenas 33% da população acredita que a Seleção Brasileira será campeã da Copa do Mundo de 2026 — o menor índice já registrado desde o início da série histórica, em 1994.

O dado surge em meio a uma fase de transição da equipe nacional, agora sob o comando do técnico italiano Carlo Ancelotti. Faltando menos de um ano para o início do torneio, que será disputado nos Estados Unidos, Canadá e México, o torcedor parece mais cético do que nunca quanto às chances da seleção levantar novamente a taça.

A desconfiança contrasta fortemente com o cenário de edições anteriores. Em 2022, no Catar, 54% dos brasileiros apostavam no título. Em 2018, eram 48%. O otimismo, que já vinha oscilando desde o traumático 7 a 1 sofrido diante da Alemanha em 2014, agora atinge seu ponto mais baixo.

Outro aspecto que chama a atenção no levantamento é o número de entrevistados que preferiram não opinar ou disseram não saber quem será o campeão: 33%. O dado revela um distanciamento emocional crescente entre parte da população e uma seleção que, em outros tempos, era motivo de união nacional.

O auge da confiança ocorreu em 2006, quando 83% dos brasileiros acreditavam que o Brasil levaria o título na Alemanha. Desde então, a esperança foi diminuindo: caiu para 64% em 2010, subiu para 68% em 2014, recuou para 48% em 2018 e voltou a crescer um pouco em 2022, com 54%. Agora, apenas um terço do país mantém a fé na conquista.

O Datafolha ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais em 136 cidades de todas as regiões do Brasil, nos dias 10 e 11 de junho. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

O pessimismo é mais acentuado entre os brasileiros mais velhos — aqueles que testemunharam as grandes conquistas do passado. Já os mais jovens demonstram alguma esperança, confiando que Ancelotti pode trazer uma nova cara à seleção e, quem sabe, surpreender o mundo em 2026.



Por Ataíde Barbosa/Foto: Rafael Ribeiro/CBF

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