Genivaldo Lima denuncia crise política e alerta para novas eleições em Simões Filho
Nos bastidores e microfones da política simõesfilhense, o vereador Genivaldo Lima se consolida como uma das vozes mais firmes e polêmicas do atual cenário. Em entrevista contundente ao Programa Panorama de Notícias na Rádio Simões Filho FM 87.9 na tarde desta quinta-feira (24), Genivaldo abriu o jogo: denunciou, acusou, refletiu e lançou alertas sobre o futuro do município — incluindo a possibilidade de novas eleições ainda em 2025.
Embora eleito pela base do governo anterior, Genivaldo não hesita em se declarar independente.
“Não sou oposição, sou o povo de Simões Filho”, afirmou, ao se distanciar dos grupos políticos tradicionais. Crítico da gestão do ex-prefeito Dinha Tolentino, o vereador revelou um profundo arrependimento por ter feito parte da construção de um projeto que, segundo ele, se transformou em um “trampolim político” familiar.
A principal pauta da entrevista, no entanto, girou em torno das denúncias relacionadas à cota de gênero, que podem derrubar até nove vereadores e comprometer o mandato do atual prefeito Del, sucessor de Dinha. Genivaldo foi categórico: “Se a justiça agir como deve, Simões Filho terá eleições até o final do ano”.
A súmula 73 do TSE, que regula fraudes em candidaturas femininas fictícias, está no centro das discussões. Segundo o parlamentar, muitos vereadores subestimam a gravidade do processo, desprezando a necessidade de especialistas em direito eleitoral. “Tem gente esperando cair do céu. Nada cai do céu sem fazer a sua parte”, disparou.
Genivaldo também criticou o uso do “Pensa Simões Filho” como peça de marketing político. “Era para ser um plano de desenvolvimento, virou o projeto Tolentino Oliveira”, resumiu, destacando o abandono de figuras chave como Nilton Novaes e Hélio Santos, fundadores da proposta original.
A tensão na Câmara é evidente. Segundo Genivaldo, apesar da aparência de normalidade, o clima entre os vereadores é de “angústia e pânico”, diante da iminente queda de mandatos. Ainda assim, o parlamentar manteve firme sua postura: caso ocorra uma nova eleição da Mesa Diretora, seu nome pode estar à disposição, mas não como imposição. “Se não for eu, pode ser Jacques, pode ser Binho. O importante é o consenso.”
O cenário projetado pelo vereador é grave: queda do prefeito, do vice, do presidente da Câmara (envolvido nas investigações) e, eventualmente, nova eleição municipal. Nesse vácuo de poder, segundo Genivaldo, o comando da cidade poderá cair nas mãos de Joca da Farmácia, atual segundo vice da Casa Legislativa.
Para Genivaldo, tudo isso é reflexo de anos de maquiagem administrativa e ausência de fiscalização. Hoje, em nova fase política, ele se apresenta como um fiscal incansável do dinheiro público. “Falta vergonha na cara de muito vereador. Estão consertando alambrado enquanto o povo sofre sem saúde e educação”, disparou, cobrando mais ação e menos propaganda.
Se as previsões do vereador se confirmarem, Simões Filho está prestes a viver um terremoto político. Resta saber se o clamor por justiça eleitoral encontrará eco nos tribunais — e se o povo, finalmente, será protagonista do destino da cidade.
Por Ataíde Barbosa
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