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Bahia supera Vitória em quase todos os recortes de torcida no país


A mais recente pesquisa O Globo/Ipsos-Ipec revelou um retrato curioso das torcidas de Bahia e Vitória, mostrando como o perfil socioeconômico influencia o tamanho e a distribuição das suas bases de fãs. Apesar de dividirem o protagonismo no futebol baiano, os rivais vivem realidades bem diferentes quando o assunto é alcance popular.

O Bahia apresenta maior penetração nas camadas mais pobres e nas periferias, consolidando-se como uma força entre as classes D e E. Nesse recorte, o Tricolor aparece em 6º lugar no ranking nacional, com 3,6% das menções — um número oito vezes superior ao do Vitória, que registrou apenas 0,4% e ficou fora do top-20.

Entre os torcedores de maior poder aquisitivo (classes A e B), a distância diminui. O Bahia surge em 12º lugar com 1,6%, enquanto o Leão ocupa a 15ª posição com 1%. Essa proximidade se repete em alguns outros segmentos, mas não é suficiente para equilibrar o quadro geral.

O recorte por raça mostra o Bahia em 6º entre pretos e pardos (3,2%) e o Vitória em 13º (1,3%). Já entre brancos, ambos perdem espaço: o Tricolor é 13º (1%) e o Leão 19º (0,2%). Territorialmente, o Bahia lidera com folga nas capitais (6º, com 3,4%) e nas periferias (1,5%), enquanto o Vitória aparece em 9º (2%) e 0,4%, respectivamente. No interior, o Bahia mantém presença (14º, 1,95%), mas o rival sequer figura no ranking.

No recorte regional, a supremacia tricolor no Nordeste é clara: 4º lugar com 7,4% das respostas, contra 2,5% do Vitória, que ocupa a 8ª posição. Entre gêneros, o Bahia também leva vantagem — 9º entre mulheres (1,5%) e 10º entre homens (3%) —, enquanto o Vitória fica em 16º nas duas categorias.

Mesmo com a disparidade em alguns cenários, o levantamento confirma a força das duas marcas no cenário regional: o Bahia mantém o posto de maior torcida do Nordeste, e o Vitória se consolida como a terceira, atrás apenas do rival e do Sport. O desafio para ambos é expandir fronteiras e reforçar presença nos segmentos onde hoje a distância ainda é significativa.




Por Ataíde Barbosa/Foto: Divulgação/EC Bahia

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