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Moraes determina perícia médica da PF em Bolsonaro antes de decidir sobre cirurgia e pedido de prisão domiciliar


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (11) que o ex-presidente Jair Bolsonaro seja submetido a uma perícia médica oficial realizada por profissionais da Polícia Federal no prazo de 15 dias. A decisão atende parcialmente a um pedido da defesa, que solicitou autorização para cirurgias e para a concessão de prisão domiciliar humanitária.

Moraes destacou, porém, que os laudos apresentados pelos advogados não são recentes e que, até agora, não há indícios de urgência que justifiquem intervenção imediata. Bolsonaro está preso desde 22 de novembro na Superintendência da PF, em Brasília, onde, segundo o ministro, vem recebendo acompanhamento médico contínuo.

Defesa alega dores e pede internação

Os advogados afirmam que o ex-presidente apresenta dores na região inguinal e precisa ser internado para a realização de procedimentos cirúrgicos. A defesa também pleiteia que Bolsonaro seja transferido para um hospital particular e possa cumprir prisão domiciliar por motivos de saúde.

Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e três meses, decorrente de sua condenação por participação na tentativa de golpe de Estado de 2023. A execução teve início em 25 de novembro, três dias após sua prisão.

Perícia vai definir próximos passos

A decisão sobre eventual transferência hospitalar só será tomada após a conclusão da perícia da PF, que deve avaliar a real necessidade de intervenção cirúrgica e as condições de saúde do ex-presidente.

O ministro afirmou que qualquer medida excepcional, como tratamento externo ou prisão domiciliar, depende de fundamentação técnica robusta — o que, segundo ele, ainda não foi apresentado.




Por Ataíde Barbosa/Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

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