Gás de cozinha terá redução de 11% na Bahia no mês de junho

A rotina diária de muitas pessoas é trabalhar para pagar as contas e tentar se virar com o que sobra. Para quem ganha um salário mínimo, fica de cabeça quente ao se deparar com contas dos cartões de crédito, aluguel, aumento no preço dos alimentos, elevação do valor do combustível e assim por diante. São tantas as contas que o momento de colocar tudo na ponta do lápis é a parte mais temida de grande parte da população. No entanto, mesmo diante de tantos aumentos, as donas de casa baianas podem ficar um pouco mais aliviadas, pois o valor do gás de cozinha terá uma redução de preço.

Segundo a Acelen, este ano o estado já sofreu dois reajustes para mais, ou seja, houve um aumento no preço do gás de cozinha referente aos meses de fevereiro e março. Por outro lado, de acordo com a empresa, a Bahia teve três reduções de preço do gás liquefeito de petróleo (GLP), que foram nos meses de abril, maio e a próxima é agora no mês de junho. Mesmo com essa afirmação da Acelen, os baianos experimentaram um valor salgado do gás de cozinha em maio, mas isso se deu devido à mudança no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Agora em junho, a redução será de 11%, caindo de R$3,60 para R$3,20 por quilo do GLP, de acordo com a Acelen.

A queda no preço do gás é uma notícia que deixa muita gente satisfeita. Mas para saber exatamente onde tem gás com preço baixo é preciso pesquisar muito. A reportagem da Tribuna da Bahia fez uma apuração nas distribuidoras sobre o valor atual do gás de cozinha. No bairro da Liberdade o valor para o cliente pegar o produto na distribuidora da Ultragaz é R$115,00. Caso a pessoa queira receber em casa, o valor cobrado é de R$125,00 até R$130,00. Esse valor já está incluso o frete. Já na revendedora Nacionalgás, que fica localizada na Ribeira, o preço do gás para a pessoa pegar na porta é R$123,00, mas para chegar em casa precisa pagar R$10,00 de frete. Ambas as distribuidoras afirmaram que a redução será de aproximadamente R$5,00. Diante de tantos reajustes, ou para mais ou para menos, algumas distribuidoras optam por fazer promoções em dias específicos para atrair clientes.

Juciara Santos tem 51 anos, é dona de casa e também cozinheira. Ela fala que não vê muita diferença no preço do gás de cozinha que compra todo mês: "Este mês de maio comprei o botijão de gás por R$120,00. Eu acharia ótimo se baixasse pelo menos para R$100,00. Aliás, de acordo com o salário que a gente está vivendo, R$80,00 estaria bom. Mas para mim que estou comprando gás de 120,00 não estou vendo muita diferença não. Aliás, estou vendo mais propaganda enganosa", declarou.

Juciara também fala algumas das estratégias que usa para economizar no gás. "Se bem que nem sei se é estratégia, mas eu não cozinho nem feijão e nem arroz todos os dias. E se for uma proteína, no caso uma carne ou um frango, eu já cozinho logo numa quantidade razoável. Não cozinho verduras na panela de pressão, prefiro cozinhar a vapor. E também não sou muito de assar bolo, é raro", disse.

Com a divulgação da queda do preço do botijão de gás, a Acelen, empresa que define os preços do GLP, enviou uma nota explicando o motivo da redução: A Acelen informa que os preços dos produtos produzidos na Refinaria de Mataripe seguem critérios de mercado que levam em consideração variáveis, como custo do petróleo, que é adquirido a preços internacionais, dólar e frete, podendo variar para cima ou para baixo. A empresa ressalta que possui uma política de preços transparente, amparada por critérios técnicos, em consonância com as práticas internacionais de mercado.

*Tribuna da Bahia/Foto: Romildo de Jesus