Secretário defende mudança no nome da Vila Natalina, anuncia ações e detalha investimentos na cultura de Simões Filho
Em entrevista ao Panorama de Notícias, na tarde desta quinta-feira (11), o Secretário Municipal de Cultura, Geasi Silva, comentou temas que vão da polêmica mudança do nome da tradicional Vila Natalina ao planejamento cultural da cidade para 2026. No estúdio, esteve ao lado dos apresentadores Ataíde Barbosa e Romário dos Santos, que cobraram respostas diretas sobre decisões recentes da pasta e do governo municipal.
Mudança da “Vila Natalina” para “Vila Luz do Mundo” gera reação
Logo no início, Geasi foi confrontado pelos apresentadores sobre a troca do nome da Vila Natalina — marca consolidada entre os moradores — para “Vila Luz do Mundo”. A mudança, anunciada pela gestão do prefeito Del, gerou críticas de comunicadores e parte da população.
Questionado se a decisão foi unilateral ou consensual dentro da equipe, Geasi evitou respostas diretas, mas afirmou que o prefeito “tem sido guiado por sabedoria” e que conduz o projeto natalino como um “maestro”. Segundo ele, Del reuniu secretários, ouviu contribuições e definiu a nova identidade do evento.
O secretário também destacou que o acendimento oficial da nova vila aconteceria nesta quinta-feira, às 18h, com presença da caravana da Coca-Cola.
Reestruturação da Secretaria de Cultura
Durante a entrevista, Geazy relatou que, ao assumir a pasta em 2 de janeiro, encontrou a estrutura física da secretaria “deteriorada”. Ele afirmou que o primeiro mês de gestão foi voltado para reorganização interna, limpeza, pequenas reformas e recomposição da equipe técnica.
“Eu passo mais de 10 horas por dia na secretaria. Aquilo se torna uma segunda família. Precisávamos trazer dignidade ao espaço e valorizar os servidores”, disse.
Projeto Varanda Cultural ganha força
Entre as ações já colocadas em prática, Geasi destacou o Varanda Cultural, projeto que utiliza um espaço antes ocioso da própria secretaria para encontros, apresentações e rodas de conversa com artistas de teatro, música e dança.
Segundo ele, o local inicialmente era pequeno, mas o interesse crescente levou à ampliação do espaço.
“A varanda ficou pequena. Tiramos a vidraça e ampliamos o ambiente. Hoje, é um espaço aconchegante para trocas e vivências culturais”, afirmou.
O projeto já está em sua quarta edição e, de acordo com o secretário, tem sido bem recebido pelos artistas locais.
Investimentos: PNAB, Lei Aldir Blanc e recursos futuros
Respondendo a críticas sobre a ausência de grandes eventos culturais recentes, como o aniversário da cidade, Geasi afirmou que a prioridade inicial da gestão foi “arrumar a casa”.
Ele revelou que Simões Filho pagou R$ 549 mil a artistas e produtores por meio do primeiro ciclo da PNAB (Política Nacional Aldir Blanc), recurso que estava nos cofres municipais e foi executado dentro do prazo legal.
O Ministério da Cultura, segundo o secretário, autorizou o município a acessar o segundo ciclo, que garantirá quase R$ 4 milhões a serem distribuídos ao longo dos próximos quatro anos.
“É um avanço enorme para o fomento cultural. Serão contemplados diversos fazedores de cultura. Nosso compromisso é ampliar o alcance e a transparência”, declarou.
Cadastro Cultural e novos credenciamentos
Geasi também anunciou a criação do Cadastro Cultural, espécie de censo municipal que busca identificar e mapear todos os agentes culturais de Simões Filho — desde músicos e dançarinos até artesãos e produtores das comunidades periféricas.
Paralelamente, a secretaria reformulou o credenciamento artístico, que antes contemplava apenas músicos com recursos próprios da prefeitura. A nova versão deve ampliar categorias e permitir contratação de diversos segmentos.
Expectativa para 2026
Encerrando a entrevista, o secretário afirmou que 2025 foi um ano de reestruturação, e que 2026 será marcado pela execução de novos editais, ações ampliadas e fortalecimento de políticas culturais.
“O prefeito Del tem grandes planos. A cultura vai viver um novo tempo, com planejamento, fomento e valorização dos artistas”, garantiu.
Por Ataíde Barbosa




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